Como sou um fã incorrígivel de Saint Seiya resolvi opinar também. Primeiro devo concordar com Kai-kun pois em Saint Seiya Omega, Seiya é o Cavaleiro de Ouro de Sagitário e não mais o Pégaso o que torna no mínimo estranho ele continuar a ser chamado como tal e a usar os meteoros.

Depois parto para o principal: a história. O próprio desenho infantilizado dos personagens, bem como a divulgação da faixa etária alvo tornavam, desde antes do lançamento, explícito que não haveria uma trama profunda. A meu ver o Omega é mais uma forma de mostrar aos mais jovens uma noção do que Saint Seiya é, o que justifica voltarmos ao clichê dos cinco cavaleiros protagonistas.

Não vou opinar quanto ao elemento do cosmo pois admito ter parado de assistir ainda no primeiro episódio onde me decepcionei não apenas por um cavaleiro de bronze ainda mais sem armadura mesmo que apenas a priori, que nem havia terminado seu treino, enfrentar de frente um deus (coisa que nem o Seiya conseguia fazer), mas também pela Shina, que sequer foi capaz de ficar pé frente a Poseidon, enfrentar Ares (um deus do mesmo patamar de Poseidon, ou pelo menos assim diz a mitologia). Pode-se justificar isso com anos de treinamentos não mostrados da amazona ou com o enfraquecimento do deus, mas o clichê do "poder-protagonista" a mais (quem viu The Lost Canvas inteiro e acompanha Episódio G sabe o que está por trás do poder do Pégaso) deixou tudo muito pouco interessante para mim.


Quanto à semelhança dos peronagens, é algo comum em Saint Seiya. Em Lost Canvas mesmo, apesar do traço belíssimo de Teshirogi e do enredo da mangaká que não apenas explora cada personagem apresentado pulando o conceito dos cinco protagonistas (embora hajam três personagens mais centrais que Dohko e Shion) como também desenvolve de fato uma guerra e não apenas uma série de batalhas para "salvar Atena e a Terra em doze horas", vemos essa semelhança que inclusive é exigência de Kurumada.

Já deve ter ficado bem claro o quanto sou fã de Meiō Shinwa, mas ainda assim tenho que dizer que uma comparação entre ele que com suas armaduras que realmente nos passam a sessação de serem metálicas e sua qualidade de animação ímpar (e aqui entra em muito o fato da série ser lançada diretamente para comercialização) é um presente aos fãs antigos e uma série voltada para crianças menores é até covardia. Volto a dizer que considero Omega como uma forma de mostrar aos mais jovens uma noção do que Saint Seiya é.