-O que ele está fazendo aqui? E a essa hora...?! Pensamento do qual provavelmente minha mãe fez. Mas ela tratou logo de perguntar ao meu Otou-san. Ele respondeu, de forma precisa, que queria conversar seriamente conosco. Nunca tive uma conversa desse tipo com meu Otou-san, mas quem sabe algo de bom poderia sair dali (?).

Ao entrarmos, ele tratou logo de sentar-se e eu, por outro lado, me escorei na parede. Não pretendia ficar muito tempo ali mesmo.

Citação :

-
Não é segredo para ninguém aqui que nós três não somos daqui, sem falar
que, de nós três, apenas você, Raven, está utilizando seu corpo, ao
contrário de Kevin e eu que estamos na forma de espíritos.

Até ali, as palavras dele eram triviais.

Citação :

- Tempos difíceis virão e precisei fazer uma escolha ruim para protegê-los. Você voltará para Karakura e, Kevin, por já ser um shinigami, continuará aqui, já que o Watanabe Makkiu é seu superior.

Nos separar seria uma coisa ruim. Mas... -Por que nos separar, se não temos nada contra ninguém?

Citação :

- Eu preciso mesmo ir e ficar longe de vocês?

-
Não. Longe de nós você não ficará. Pense apenas que, o que faremos, é
para a proteção sua e do Kevin. Principalmente a sua, Raven.

A forma da qual minha mãe perguntou, parecia ter algo a esconder. Aquilo me incomodou.
Me senti um pouco ignorado, pois eles trocaram palavras novamente, sem ao menos me dizer nada.

Citação :

- E quando irei?

-
No mais tardar... amanhã. Já tenho a casa para ficarmos e ela está toda
mobiliada. É de fácil acesso e terá tudo do que precisa.

-Estão falando de tal forma que... estão me
escondendo algo que eu ainda não sei? E, Otou-san, está falando de uma
forma que me parece não ficar mais na Soul Society. O senhor irá para
aonde? Não admito que faça escolhas da noite para o dia e decidir o destino da gente, sem ao menos nos comunicar com bastante antecedência.

Parecia tudo esclarecido e conformado até que...

Citação :

-Estão falando de tal forma que... estão me
escondendo algo que eu ainda não sei? E, Otou-san, está falando de uma
forma que me parece não ficar mais na Soul Society. O senhor irá para
aonde?
Não admito que faça escolhas da noite para o dia e decidir o destino da
gente, sem ao menos nos comunicar com bastante antecedência.

Olhei serenamente para ele. Raven, por sua vez, disse:

- Espero que saiba o que está fazendo, Nikollas. Eu confio em você cegamente.

- Aham. respondi Raven. - Kevin, meu filho, não estamos escondendo nada que você precise saber. Você ficará nos domínios Watanabe, porque eu estou mandando. Ficará distante de mim, para não se tornar um alvo e, é claro que ficarei na Soul Society. Tenho meus compromissos de capitão. Agora lembre-se de que não estou falando dessa forma como seu superior e, sim, como seu pai. Então... arrume logo as suas coisas e vá para a mansão Watanabe. Ouviu?

Então, me levantei vagarozamente e peguei minha Zanpakutou (junto com a bainha) e iniciei meus passos em direção ao meu quarto para buscar algumas poucas coisas das quais iria precisar.

Citação :

-
Kevin, meu filho, não estamos escondendo nada que você precise saber.
Você ficará nos domínios Watanabe, porque eu estou mandando. Ficará
distante de mim, para não se tornar um alvo e, é claro que
ficarei na Soul Society. Tenho meus compromissos de capitão. Agora
lembre-se de que não estou falando dessa forma como seu superior e, sim,
como seu pai. Então... arrume logo as suas coisas e vá para a mansão
Watanabe. Ouviu?

Aquilo foi um banho de água fria em mim. -Como ele pôde me destratar dessa forma? Miserável... saquei minha zanpakutou e, quando ele ficou de costas para mim, eu dei um salto em sua direção e, com a perna esquerda, iniciei um chute giratório na lateral da sua cabeça. - Eu estou cansado de me destratar. Você não pode fazer isso comigo! aaaahhhH!!!!!

Ao dar uns míseros passos até meu quarto, senti a reiatsu do meu filho aumentar um pouco e ouvi, também, um passo hostil dele.

Citação :

- Eu estou cansado de me destratar. Você não pode fazer isso comigo! aaaahhhH!!!!!

Nesse momento, usei minha Zanpakutou para defender de seu chute e, no mesmo ato, com a mão esquerda, peguei em seu pescoço e usei o shunpo para sair da casa. Parei próximo a uma árvore da qual usei para empurrar fortemente o corpo do Kevin contra ela. - Não me interessa o que você pensa, Kevin. Nunca pensei que... apliquei um soco em seu estômago. -... daria uma surra em meu filho algum dia. Disse, soltando seu pescoço, vendo-o continuar de pé, mas com uma das mãos no local do golpe desferido, enquanto a outra continuava a segurar sua Zanpakutou. De certa forma, aquilo fez lembrar de mim mesmo quando lutava. - Nunca largue sua Zanpakutou. Dei dois passos para trás, fixando meu olhar ao dele. - Você tem a chance de dizer e fazer o que quiser, Kevin. Aproveite, pois talvez você não terá outra chance igual a essa. Ah, e respondendo o seu comentário... Retirei minha Zanpakutou da bainha e a finquei no solo. Pude escutar o grito da Raven de desespero. - Pare com isso Nikollas!!!

- Fique quieta Raven, por favor. Eu sei o que o Kevin quer e precisa.

Olhei nos olhos dele. - Você sempre quis ser do meu esquadrão, ter o meu respeito, provavelmente ser meu sucessor... mas desses três pontos, você só terá um e, mesmo assim, ainda não tem, porque não provou ser merecedor. E é o respeito. Você ainda não é homem, garoto. Falta muito para amadurecer e eu espero que seja o quanto antes, pois na sua idade, eu cuidava da sua avó com o que podia. Então, pretende fazer o quê, agora?

Ao dar uns míseros passos até meu quarto, senti a reiatsu do meu filho aumentar um pouco e ouvi, também, um passo hostil dele.

Citação :

- Eu estou cansado de me destratar. Você não pode fazer isso comigo! aaaahhhH!!!!!

Nesse momento, usei minha Zanpakutou para defender de seu chute e, no mesmo ato, com a mão esquerda, peguei em seu pescoço e usei o shunpo para sair da casa. Parei próximo a uma árvore da qual usei para empurrar fortemente o corpo do Kevin contra ela. - Não me interessa o que você pensa, Kevin. Nunca pensei que... apliquei um soco em seu estômago. -... daria uma surra em meu filho algum dia. Disse, soltando seu pescoço, vendo-o continuar de pé, mas com uma das mãos no local do golpe desferido, enquanto a outra continuava a segurar sua Zanpakutou. De certa forma, aquilo fez lembrar de mim mesmo quando lutava. - Nunca largue sua Zanpakutou. Dei dois passos para trás, fixando meu olhar ao dele. - Você tem a chance de dizer e fazer o que quiser, Kevin. Aproveite, pois talvez você não terá outra chance igual a essa. Ah, e respondendo o seu comentário... Retirei minha Zanpakutou da bainha e a finquei no solo. Pude escutar o grito da Raven de desespero. - Pare com isso Nikollas!!!

- Fique quieta Raven, por favor. Eu sei o que o Kevin quer e precisa.

Olhei nos olhos dele. - Você sempre quis ser do meu esquadrão, ter o meu respeito, provavelmente ser meu sucessor... mas desses três pontos, você só terá um e, mesmo assim, ainda não tem, porque não provou ser merecedor. E é o respeito. Você ainda não é homem, garoto. Falta muito para amadurecer e eu espero que seja o quanto antes, pois na sua idade, eu cuidava da sua avó com o que podia. Então, pretende fazer o quê, agora?

Foi tudo muito rápido. Quando eu pisquei, eu já estava contra uma árvore. O impacto me fez perder um pouco de ar.

Citação :

- Não me interessa o que você pensa, Kevin. Nunca pensei que... apliquei um soco em seu estômago. -... daria uma surra em meu filho algum dia.

Seguido desse soco, todo o meu oxigênio foi embora, me deixando com a visão embaçada. Quase que eu desmaiei, mas eu me mantive de pé. -A dor é intensa e ele nem fez força para me acertar.

Citação :

-
Você tem a chance de dizer e fazer o que quiser, Kevin. Aproveite, pois
talvez você não terá outra chance igual a essa. Ah, e respondendo o
seu comentário... Retirei minha Zanpakutou da bainha e a finquei no solo. Pude escutar o grito da Raven de desespero. - Pare com isso Nikollas!!!

A liberdade que eu queria, finalmente chegou. Mas quando olhei para minha mãe e a vi chorar, aquilo me cortou o coração. -Desgraçado. Fez minha mãe chorar. Minha reiatsu começou a elevar-se.

Citação :

- Fique quieta Raven, por favor. Eu sei o que o Kevin quer e precisa.

-É. Vamos ver se você sabe o que eu realmente quero...

Citação :

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Você sempre quis ser do meu esquadrão, ter o meu respeito,
provavelmente ser meu sucessor... mas desses três pontos, você só terá
um e, mesmo assim, ainda não tem, porque não provou ser merecedor. E é o
respeito. Você ainda não é homem, garoto. Falta muito para amadurecer e
eu espero que seja o quanto antes, pois na sua idade, eu cuidava da sua
avó com o que podia. Então, pretende fazer o quê, agora?

Aquilo me tirou do sério, pela primeira vez na vida. Qualquer um dos shinigamis que tiveram a chance de me ver, com certeza teriam uma opinião oposta do que veriam, caso estivessem aqui. -Não ouse falar assim comigo!!! Eu já estava a frente dele, executando uma série de golpes. Minha zanpakutou estava fincada no solo, praticamente colada na zanpakutou do meu pai. Era como se fizéssemos um "X" com elas. -Como se ter qualquer um desses três pontos fosse o meu objetivo de vida! Desde o momento em que escreveu aquela carta de recomendação para me recrutarem no 4º Esquadrão, sabendo que tenho mais aptidão com zanpakutou do que com Kidou, eu perdi todo o desejo de seguir seus passos!!! Um golpe, ou outro, raspavam os braços do meu pai e, quase, acertavam o seu rosto. -A partir daí, meu objetivo passou a provar para VOCÊ que sou tão bom quanto qualquer um e, principalmente, quanto a você mesmo! Até que um golpe raspou em seu rosto. Dei um leve sorriso e me afastei dele, ficando a uns 5 metros de distância. -Eu tinha um herói. Hoje.... a palavra Herói não tem significado algum, quando olho para você.

Ele não se sentiu intimidado depois de tudo o que falei. Uma chuva aproximou-se de forma que eu nem percebi. Os pingos dela começaram a cair e, sem mais, nem menos, uma forte chuva iniciou-se.

Citação :

-Como se ter qualquer um
desses três pontos fosse o meu objetivo de vida! Desde o momento em que
escreveu aquela carta de recomendação para me recrutarem no 4º
Esquadrão, sabendo que tenho mais aptidão com zanpakutou do que com
Kidou, eu perdi todo o desejo de seguir seus passos!!! Um golpe, ou outro, raspavam os braços do meu pai e, quase, acertavam o seu rosto. -A
partir daí, meu objetivo passou a provar para VOCÊ que sou tão bom
quanto qualquer um e, principalmente, quanto a você mesmo! Até que um golpe raspou em seu rosto. Dei um leve sorriso e me afastei dele, ficando a uns 5 metros de distância. -Eu tinha um herói. Hoje.... a palavra Herói não tem significado algum, quando olho para você.

Finalmente, um golpe dele me acertou e era difícil admitir, mas o mérito todo foi dele. - Esse garoto vai dar muito trabalho. hehe... Sorte minha que eu afastei o rosto, se não... eu teria perdido, provavelmente, um molar. Mas o que me preocupou foram mais as suas palavras, do que seus golpes. As palavras dele me fizeram perder o "rumo de casa". Aquilo me doeu tanto que, a dor que ele ainda sentia do golpe no estômago dele, era absolutamente nada, comparado a minha. Respirei fundo, fechando os olhos. Ao abrí-los novamente, eles estavam sérios, cerrados, como se ele fosse um... Ryoka (?). Usei o shunpo, parando atrás dele e, em seguida, dei uma rasteira, fazendo com que suas duas pernas saíssem do atrito com o solo. No movimento seguinte, antes de deixá-lo cair, eu o joguei para o alto do céu com muita força, fazendo-o decolar e, antes mesmo que ele atingisse o máximo do meu arremesso, eu já havia usado o Tenmetsu, ficando acima dele. O esperei chegar próximo de mim e, vendo que já estava na distância necessária, comecei a aplicar incontáveis golpes de mãos no rosto dele. Claro que eu manerei (até demais) na força para não ferí-lo gravemente. Enquanto batia nele, eu comecei a falar. - Me corta o coração ouvir isso? Acho que meus punhos podem responder por mim, Kevin. Lá do alto, era certeza que Raven não escutaria aquilo. - Não ligo para o que você, ou sua mãe, pensam. Desde que façam o que eu mando em prol de suas proteções. Não me tornei capitão atoa. Eu quase morri para proteger esse "Fim de Mundo"... e não foi em vão! Eles me deram todo o respeito que um shinigami que trabalha para proteger seu lar merece! Sem perder a seriedade, novamente apliquei um forte golpe no seu estômago. Dessa vez, foi para amolecê-lo. - E, quando perguntarem por mim, pode dizer o que quiser ao meu respeito. Se quiser, chame o Watanabe Makkiu de seu pai, mas não se oponha a minha decisão. Tenha certeza de que, o que acontecer comigo, você não vai querer me seguir. Novamente, peguei em seu pescoço e usei o shunpo, chegando em um piscar de olhos, no solo. Andei até a minha Zanpakutou e a dele, joguei o Kevin no chão e, em seguida, peguei as duas Zanpakutous, fincando-as, cada qual, próximas em sua cabeça, ficando a poucos centímetros de acertá-lo. - Depois de tudo o que eu falei para você, meu filho, eu só peço que lembre-se apenas de uma coisa só. São três palavras, de sete letras. Me abaixei, ficando de cócoras e, retirando apenas a minha Zanpakutou do solo, falei em seu ouvido. - Eu te amo.

Kevin estava desmaiado. Raven desamparada. Meu coração... quebrantado. - Agora não tem volta. Não se sabia se eu estava chorando, ou era as gotas de chuva que escorriam por meu rosto. Usei meu shunpo, desistindo de pegar qualquer coisa que fosse dentro da minha casa e fui em direção ao Yami-taichou.

Aos poucos, meus olhos começaram a me fornecer imagens. Imagens, essas, do teto do meu quarto. Sentia o tecido do meu cobertor, no meu corpo nú. Poderia me perguntar se foi meu pai, ou minha mãe, que me trouxe até aqui... meu rosto doía, pois tinha dificuldades de abrir um dos olhos. -... O que eu poderia pensar sobre o ocorrido? Eu poderia pedir desculpas para ele por ter iniciado tudo, ou deixar de lado e me tornar rancoroso? Perguntas e mais perguntas, mas... aonde está a resposta de cada uma delas?

A porta do meu quarto estava fechada, o que me deu a liberdade de poder me levantar, sem receio de alguém me ver, e vestir meu Shihakusho, já que meu kimono estava completamente ensopado, a presumir pelos meus cabelos ainda úmidos. Meu corpo estava dolorido, mas não me impedia de sair de casa. Dava para escutar minha mãe mexer em algumas coisas dentro do seu quarto. Eu, por outro lado, resolvi deixá-la a sós com qualquer pensamento que estivesse tendo e fui para fora. Os passos eram curtos e uma das minhas mãos era levada as costelas. Apliquei a técnica Chiyuudou na região, visão uma recuperação mais rápida. A cura... ainda bem que, pelo menos nisso, meu pai me ajudou. -Pai? Aquilo não pode ser chamado de pai. "Protegê-los...". Quem ele pensa que é para dizer isso, depois de me dar uma surra? Eu já podia ver os domínios do esquadrão Camélia, mas fui obrigado (pelo meu orgulho) a dar a volta, para sequer, ousar pisar naquele recinto. Demoraria alguns poucos minutos a mais para chegar no meu destino: 4º Esquadrão.