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 Ala Hospitalar

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Makkiu Watanabe
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MensagemAssunto: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime121/3/2012, 7:12 pm

Dentro dos limites do esquadrão, no interior do que com suas vigas vermelhas, seu telhado em forma piramidal e suas Fasumas ou portas corrediças em madeira, mais parecia uma típica mansão do estilo tradicional japonês, está o coração do Centro Médico da Soul Society: A Ala Hospitalar.

Ala Hospitalar 4thBarracks

A despeito da aparência mais que clássica, conservadora, impressa até pelo número do Esquadrão disposto à frente do prédio, o interior da Ala Hospitalar é moderníssimo. Perfeitamente climatizado e com estofados em tom esverdeado, o lugar tem quartos prontos para pacientes em quaisquer estados.

Ala Hospitalar Quarto_hospital

Igualmente climatizado à Ala Hospitalar como um todo e contando com o mesmo estofado verde, o ambiente dos quartos tem uma atmosfera tranquilizadora. A iluminação é baixa e favorecida pelas cortinas que recobrem as janelas. As paredes brancas e recobertas com madeira de tom claro na parte de trás da visivelmente confortável cama que localiza-se ao lado de um criado mudo em cima do qual fica um telefone.

Os quartos em geral possuem poucos equipamentos, mas são excepcionalmente espaçosos para serem devidamente equipados dependendo do paciente que receberem. Assim podem ser usados para os mais variados fins, desde primeiros socorros à UTI.
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Akechi Nikollas
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime14/7/2012, 12:57 am

Junto com a Hyumi-san, adentramos a área hospitalar do Esquadrão. Alguns shinigamis reparavam o estrago que meu corpo havia sofrido, Shihakusho completamente rasgado o que, na realidade, estava apenas com a parte de baixo do mesmo.

Corpo pouco soado, mas totalmente escoreado, continuamos a caminhar até que um dos shinigamis do esquadrão nos direcionou a adentrarmos em um dos quartos.

- É a segunda vez que entro aqui e sempre me surpreendo com o local. dizia, olhando para todos os detalhes que o quarto proporcionava.

Olhando para Hyumi-san... - Obrigado novamente pela ajudinha, Hyumi-san... Disse, enquanto me sentava na cama. - Agora é só esperar.
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Kasumioji Asura
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime16/7/2012, 12:46 pm

Asura estava na ala hospitalar apenas cumprindo rotina, era necessário alguém sempre estar na ala hospitalar caso algo de grave acontecesse. Asura acabara de cuidar de outro shinigami que estava a sentir dores musculares quando foi informado da chegada de Akechi-taichou, capitão do 5º esquadrão Camélia estava presente na ala hospitalar. O shinigami então se dirigiu a sala.

- Akechi-taichou?! Hyumi-sama?!

O shinigami ficou surpreso do estado em que estava Akechi, não era muito grave porém ainda sim nunca tinha visto um capitão se machucar.

- Taichou, deite aqui por favor, irei te curar imediatamente.

Asura então olhava mais uma vez as feridas para ver o que deveria ser feito. O shinigami então estendeu suas mãos sobre a feriada e começava a aplicar o Chyuudou no capitão. Concentrando o fluxo de reiatsu no ferimento, estabilizando com o fluxo de reiatsu de Akechi e então estimulando a reiatsu de Akechi cedendo a própria reiatsu de Asura até que o ferimento curasse.

- Pronto !! Apenas fique mais um pouco aí, se sentir algo mais me avise. Quando estiver bem podes partir.
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Akechi Nikollas
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime16/7/2012, 1:58 pm

Alguns minutos se passaram e...

Citação :
- Akechi-taichou?! Hyumi-sama?!

Ao olhar para o lado, vi um shinigami conhecido. O mesmo participara de algumas aulas de Zanjutsu.

- Kasumioji-kun. hehe...

Citação :
- Taichou, deite aqui por favor, irei te curar imediatamente.

Fazendo o que havia me pedido, vagarozamente me deitei na maca. Olhei para ele.

- Acidente de trabalho. hehe... disse o "motivo", antes mesmo do Kasumioji-kun querer me perguntar algo.

Aos poucos, ele começou a usar um kidou de cura. De certa forma, não me importava ser curado por kidous, até porque, mesmo eu não sendo usuário da arte, sabia que a mesma tinha a sua utilidade e era por isso que eu a respeitava. Após alguns minutos, parecia que estava tudo certo.

Citação :
- Pronto !! Apenas fique mais um pouco aí, se sentir algo mais me avise. Quando estiver bem podes partir.

- Agradeço pelo o atendimento, Kasumioji-kun. Deixarei pago o serviço de atendimento. E... olhei para Hyumi-san. -... ficarei aqui alguns minutos, descansando.

Ao ver que o Tulipano começara a se retirar do quarto, esperei por alguns segundos e...

- Vamos, Hyumi-san! Já me sentia melhor. As escoriações estavam completamente curadas e, por apenas esse motivo, já me sentia melhor para outra. Fiquei de pé, e comecei a me esticar, em alongamento. - Pra qual lado iremos?

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Megumi
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime119/11/2012, 12:09 am

Malditos hollows, maldita aula, é tudo maldito! Por causa daquela aula de Kidou naquela floresta de Rukongai, acabei por ferir um braço e as costas. Não é que eu seja covarde, medricas ou algo assim, mas as dores que sentia após a aula - sem contar que o sangue simplesmente não parava de sair - obrigaram-me a ir para a Ala Hospital do esquadrão Tulipa. Não tinha nada contra o esquadrão, os membros ou o Capitão, mas eu era assim com todos os esquadrões, simplesmente, era demasiado anti-social para sequer pensar em me envolver com alguém. Se mal falava com os membros do meu esquadrão, imaginem os outros... Entrar naquele local fez-me lembrar de um parceiro de algumas aulas anteriores, ele era também do Tulipa, se bem me recordo... Rezei para que não o encontrasse de forma alguma, realmente, não estava com a mais pequena paciência para aturá-lo!
Naquele momento, eu estava algures nos corredores da Soul Society, caminhava em passos apressados com a mão direita a fazer pressão sobre o braço esquerdo. O meu rosto estava um tanto sujo de sangue também, algumas gotículas ousaram saltar e chegar até ele, para colocar uma ou outra mancha vermelha no pálido. Eu realmente não me importei com aquilo, estava mais preocupada em chegar à Ala e ser tratada, para mais depressa poder sair dali.


- Malditos corredores, são todos iguais! - resmunguei.

E de fato, eram mesmo. Eu nunca fui boa em guiar-me, tinha um péssimo senso de direção. Principalmente se o meu caminho for um labirinto, uma mescla de corredores praticamente todos iguais. Todos tinham o mesmo aspeto: de solo e paredes brancos, com uma risca negra quase no cimo, e várias telhas muito bem alinhadas no cimo. Apressei o passo cada vez mais, fazendo curvas mais apertadas quando estas decidiam aparecer de nenhures. Continuei a caminhar e, a certo ponto, acabei por saltitar para cima de algumas telhas e procurar à minha volta essa tal Ala Hospital do Esquadrão Tulipa. Eventualmente, acabei por dar com ele, embora isso tenha-me levado mais tempo que o pretendido... Usei a mão ensanguentada para abrir uma das portas - pouco me importava se sujaria a maçaneta ou não - e segui por corredores monotonamente brancos. Eram corredores estreitos que davam a lugares, uns mais escuros, outros claros. Existiam várias pessoas a passear por lá e todos, pela roupa, eram Shinigamis. Encolhi os ombros, não sabia exatamente para onde me dirigir, mas pouco me importei com isso, Continuei a vaguear e acabei por ser abordada por uma pessoa que parecia ser médica. Aquela garota de cabelos presos, compridos e cor-de-mel, levou-me para uma sala, conduzindo-me pelos corredores sorridente.
Sentei-me sobre a cadeira que ela me apontara e lá esperei um dos membros que tratava de feridos. Com algum kidou medicinal, ele pôs-se a avaliar as feridas e a aplicar um tratamento rápido. Fez uma careta quando levantei a manga do empapado Shihakushou negro e isso levou-me à conclusão de que tinha sido um golpe profundo.


- "Pelo menos consegui prendê-los naquela rede. Vingança feita." - raciocinei rapidamente, enquanto o rapaz me curava.

Colocou-me um gesso em volta do braço que atou, com força, para este ficar bem preso. Depois, foram as costas. Este já foi mais rápido, não tinha nada demais, apenas uns esfolamentos aqui e ali, nada de preocupante. Fixou-me repentinamente, o que me assustou a início, pois estava a ser constante e irritante. Por fim, explicou-se, avisando-me de que o meu tapa-olho estava cheio de sangue e que ele traria outro. Tirei-o, deixando o olho que anteriormente estava coberto fechado, e esperei pacientemente por um novo. Recebi-o em mãos e agradeci-lhe o melhor que pude, saindo dali - não tinha nada para fazer ali mais.
Voltei a correr corredores e mais corredores, até dar com a saída, abrindo a porta, pisguei-me dali para fora. Caminhei apressadamente, afastando-me do edifício, e o abanar de braços fez com que deixasse cair o tapa-olho que recebera. Apercebendo-me do feito, dobrei-me para o apanhar, parando os meus passos. Prendi-o entre os dedos da mão direita, e voltei a erguer-me repentinamente, dando passos rápidos e decididos. Choquei contra algo, fui levada ao chão com o impacto, e não pude evitar um esguicho de dor.


- Maldito... - sussurrei. - Cuidado por onde anda!

Apoiei a mão não aleijada nas costas, para tentar aliviar a dor. O médico também me enfaixara as costas, por causa do sangue incessável, e eu poderia agora sentir as fitas brancas entre os dedos da minha mão. Apoiei a mão no chão para me levantar, mas estava a ser difícil manter o equilíbrio enquanto não usasse as duas mãos para tal - apenas para não esforçar o braço esquerdo - por indicações médicas...
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Makkiu Watanabe
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime119/11/2012, 3:08 pm

Era uma noite comum. O brilho das estrelas não estava particularmente belo nem as nuvens particularmente carregadas. O céu não estava especialmente claro ou escuro, apenas normal e rotineiro tal qual o fim de mais uma aula de Kidou que felizmente ocorrera sem maiores problemas. Era provavelmente o treino mais pesado de Makkiu, em todos os aspectos: era composto de mais técnicas que os demais, em um ambiente mais arriscado que os demais e em uma combinação mais complexa que a grande maioria. Muitas desistências e alguns resgates eram parte comum da Aula Tripla, para não citar os fermimentos mais graves de alguns alunos.

Nesse contexto era comum habitual a Makkiu levar os relatórios da aula, que fazia durante a própria, para o esquadrão, mais especificamente para seu consultório no Centro Médico. Sempre tinha em mente que mais do que adiantar o trabalho, poderia ajudar feridos afinal nunca se sabe quando um médico a mais será preciso. Para sua sorte àquela noite não seria, àquela noite poderia, como na maioria das vezes, ir direto para casa, coisa que resolvera fazer pelo caminho que o levaria através do Pátio de Tulipa. À noite o lugar era particularmente silencioso além de belo para quem apreciava uma boa e relaxante caminhada.

Não esperava certamente que em seu caminho acabasse encontrando alguém de forma tão física. Quando estava passando por uma das saídas da Ala Hospitalar sentiu a presença de um Shinigami, mas apenas quando estava diante da saída que este usaria foi que ele começou a se mover e se mover rápido. O resultado foi um encontrão em que o Shinigami, que na verdade era uma garota, acabou por bater a cabeça contra as cotelas de Makkiu e logo em seguida caiu sentada. Ela rapidamente apoiou a mão esquerda nas costas e o corpo na esquerda, em uma tentativa de se por de pé e enquanto falava nada gentilmente.

- Sabe, senhorita, quando nos movemos depressa somos nós que devemos ter cuidado.
Dizia pondo-se sobre o joelho esquerdo e apoiando o corpo da garota com ambos os braços, ajudando-a a levantar. Se estivesse um pouco mais distante eu teria conseguido evitar a colisão.

Seu tom de voz audível e sereno contrastava com o sussurro irritado da Shinigami. De fato Makkiu admiriva a espontânedade da garota. Provavelmente ela não teria visto em quem esbarrou, mas ainda assim o tratamento diferente do habitualmente subordinado e a sinceridade dela chamavam atenção.

- Desculpe-me, mas qual o seu nome mesmo?
Perguntou apenas pela habitual formaidade. Ah, não se preocupe. Não pretendo reclamar desse nosso... Digamos incomum encontro.

Makkiu apressou-se a após sua pergunta deixar claro que não tinha intenções hostis. Um capitão, mesmo de outra tropa, é plenamente capaz de prover punições terríveis ao um Shinigami e no caso dos capitães nobres essa capacidade é ainda maior e mais perigosa.

- Já consegue ficar de pé sozinha?
Indagou pondo em equilíbrio a garota então sem nome e insinuando querer afastar-se, vontade provavelmente mútua. E creio que isto lhe pertença.


Retraindo a mão esquerda revelava à Shinigami um tapa-olho branco que provavelmente havia caído durante a queda. Só então Makkiu realmente olhava para a garota. Notava que embora baixa se comparada a si mesmo, tinha uma estatura mediana parecia ter uns quinze anos embora como espírito pudesse ter mais alguma idade. Reparava também no olhar heterocromático da garota: o olho direito apresentava um vermelho profundo embora nem de longe tão intenso quanto o dos olhos do próprio Makkiu e o esquerdo, assim como uma cicatriz vertical, apresentava um verde esmeralda.

Os cabelos curtos e negros davam-na um ar sutil e a melancolia de seu olhar transparecia ao mais atentos quão forte realmente era com quase tanta evidência quanto a Zanpakutou posta do lado direito do Obi dizia que era canhota. Certamente ainda havia a possibilidade de ser ambidestra, mas o que realmente chamava a atenção na garota é que ela era inteiramente sincera. Não transparente, não legível com facilidade, mas nunca relutante em demonstrar o que pensava fosse por gestos ou palavras. Se isso já era por si só admirável, para quem viveu em meio aos jogos e mentiras da nobreza literalmente por décadas então, era uma qualidade inigualável.
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Megumi
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime120/11/2012, 7:47 pm

- Sabe, senhorita, quando nos movemos depressa somos nós que devemos ter cuidado. - ia jurar que conhecia aquela voz de algum lado. - Se estivesse um pouco mais distante eu teria conseguido evitar a colisão.

Ainda não teria olhado para a cara dele, só ai poderia ver quem foi o maldito que veio contra mim, em plena rua, e acabou por causar uma dor indesejada nas minhas costas. Com uma gentileza inesperada, o até então desconhecido, mostrou-se cooperativo para com uma pessoa ferida como eu, agarrando-me pelo braço para me ajudar a reerguer-me.

- Desculpe-me, mas qual o seu nome mesmo? - foi então ai, e apenas ai, que tive a curiosidade de descobrir a aparência pertencente àquela voz nostálgica. Reconhecia aquela aparência, mas não sabia de onde, por enquanto. - Ah, não se preocupe. Não pretendo reclamar desse nosso... Digamos incomum encontro.
- Tenho mais coisas com que me preocupar do que saber se um Capitão irá fazer alguma queixinha por insubordinação. - ataquei, erguendo o sobrolho e reconhecendo o rosto, mais pela forma estranha do penteado, do Capitão da aula de Kidou.
- Já consegue ficar de pé sozinha? - equilibrei-me, com uma pequena ajuda, enquanto ele se afastava. Fitei o chão intensamente, procurando o objeto que antes me fizera dobrar. - E creio que isto lhe pertença.

Mostrando-me a mão esquerda, revelou ter o tapa-olho que procurava nas mãos. Agarrei-o imediatamente, apenas porque não esperava encontrar alguém a meio do caminho que me pudesse apanhar desprevenida desta forma, e me visse aquilo que sempre quis esconder: a cor dos meus olhos. Por momentos, esperei um comentário ou outro sobre isso, mas fiquei deveras surpreendida ao notar a ausência destes. Levantando os dois braços - um a custo - posicionei o tapa-olho sobre o olho esquerdo, após fechá-lo, e ajeitei-o até o tapar corretamente.

- Obrigado, Capitão... - calei-me subitamente, revirando o olho vermelho para cima, poisando a mão direita sobre o queixo num ar pensativo. Não me recordava o nome dele, bom, não era muito do meu interesse na verdade e, também, só precisava deles para as aulas em si... - ... Não me recordo do nome agora. - era um pouco de abuso a mais, provavelmente, não tinha nada contra ele, nem com os outros Capitães, apesar de, às vezes, as aulas que estes apresentavam davam-me algumas ganas de fazer o ''mal''. - Respondendo à sua questão... Akira Megumi, Esquadrão Camélia.

Baixei o braço antes apoiado e sacudi o Shihakushou de modo a remover alguma sujidade que ficara agarrada com a queda. Encarei o Shinigami mais alto, apenas para contemplar aquela cor sangrenta sobre seus olhos - cor incomum - que poucos possuíam. Um dos meus olhos era vermelho, isso era certo, mas continuava a ser distinto da cor dos olhos daquele ser. Encolhi os ombros e forcei um sorriso, como fazia quase todas as vezes - tirando as que um sorriso sarcástico era inevitável perante o divertimento que algumas aulas me traziam.

- Agradeço pela ajuda, pelo aviso desnecessário e tudo mais... - novamente, tentei recordar-me do nome, mas era inútil, não me lembraria, e também não era do meu verdadeiro interesse, mas tinha a certeza que ele iria ditá-lo de qualquer das formas. - Realmente, não posso me recordar do nome.
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime123/11/2012, 1:57 am

Um instante. Por um instante Megumi seguiu as formalidades dizendo sobrenome, nome e esquadrão. Por um instante tivera olhos e Reiatsu permeados por um brilho de surpresa. Por um instante forçara um sorriso. Apenas quando a Shinigami colocou o tapa olho, a demonstrar dor de forma que apenas um médico poderia notar, foi que Makkiu notou a preocupação da garota com os olhos e de ambos. Apercebeu-se que Akira não gostava da atenção chamada por sua heterocromia e que fora por não ter ouvido comentários sobre isso que se surpeendera e que quando fitava-lhe o rosto avaliava o carmesim de seu olhar.

Ele estava surpreso com ações dela ainda que não houvesse sequer um traço seu que demonstrasse isso. Quantas pessoas não conheciam seu nome? Quantas pessoas eram desde sempre realmente sinceras com ele, ignorando os títulos e posições? Tinha a sensação que Megumi era a primeira. Seus amigos de fato ignoravam tudo isso, mas não foi assim no momento em que se conheceram. Por mais esforço que fizesse não vinha à mente alguém além de sua irmã que praticamente já ter nascido sua amiga e quase não conviveu consigo após receber todo o poder de que hoje dispunha.

Quando finalmente voltou a prestar atenção à fisionomia da Shinigami foi que recordou dos sinais de tratamento: o gesso no braço e as ataduras na mão. Os ferimentos dela haviam apenas sido desinfeccionados e o braço imobilizado. Este último fato indicava queda o que levando em consideração o terreno da aula provável causadora daqueles fermentos significava que as costas estavam no mínimo lanhadas e igualmente enfaixadas. A garota deve ter saído da Ala Hospitalar tão logo terminou esse tratamento primário, antes de mesmo de ser curada com Kidou. Deve ter fugido de pessoas com as quais não tinha interesse em falar.

- Bem, deduzo que meu nome não seja de seu interesse então não há razão para sabê-lo.
Disse com uma voz notavelmente mais leve que a de costume. Apenas não use títulos em uma situação tão informal quanto esta.

Apesar dos poucos segundos em que conversavam terem sido suficientes para toda a avaliação, foram muito pouco para evitar que um Shinigami do esquadrão se aproximasse com kit médico de campo nas costas.

- De qualquer forma, já descobriram que você saiu sem autorização e sem cumprir com o tratamento.
Falou caminhado para entre as duas Shinigamis e voltando sua fala para a médica. Chegou na hora certa, Kirigaya Izayoi-kun.

Kirigaya Izayoi era uma garota ruiva, praticamente da mesma altura de Akira-kun. Seu rosto tinha traços finos e os olhos eram gentis embora estivessem um pouco voltados para o chão, fato que fez Makkiu lembrar que era uma novata além de membro de uma família juramentada aos Watanabe.

- Encontrei Megumi-kun deixando a Ala Hospitalar e resolvi cuidar pessoalmente dela.
Dizia para a oficial médica que parecia de fato receosa de falar com ele. Alerte a quem estava cuidando dela e cuide dos relatórios, ok?

Com uma rápida reverência, Izayoi dava meia volta e retornava à Ala com a Reiatsu tomada de alívio. Deveria ser o primeiro dia de platão dela, para ter se aliviado tanto em não tratar uma paciente. Bem, ao menos ela não tivera que enfrentar uma emergência.

- Não precisará voltar lá para dentro se eu cuidar do seu tratamento e também não poderá fugir apenas com os cuidados básicos. Questão de lei.
Dizia se voltado à Megumi que parecia estranhamente confusa. Megumi-kun? O que houve?

O olhar da Shinigami antes melancólico tornava-se completamente vazio, o corpo antes reagindo à dor parecia letárgico e a pele já pálida parecia tornar-se ainda mais branca, sob a luz da lua então parecia tornar-se papel. A garota simplesmente entrava em um estado de total apatismo. Não podia ser em função dos ferminentos, não eram graves ou feitos por Holows poderosos o suficiente para causarem tais efeitos, era algo psicológico. Psicológico e forte o bastante para abalar o eqlíbrio de seu corpo, tanto biologica quando literalmente.
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime16/12/2012, 10:57 pm

Fixar o Shinigami era quase obrigatório. Não era por ele ser um Capitão, um superior ou algo do tipo; fiz questão de deixar claro que não me interessava títulos ou quaisquer tipo de formalidades. Não estava numa aula, não estava a receber ordens diretas, não estava numa batalha ou guerra - ali - era ambiente informal, e seria assim que eu agiria - poria de parte os títulos e agiria segundo minha vontade.

- Bem, deduzo que meu nome não seja de seu interesse então não há razão para sabe-lo. - dizia, numa voz calma. - Apenas não use títulos em uma situação tão informal quanto esta.

Encolhi os ombros face ao pedido dele. Não faria intenções de os usar, desde o início da conversa. Era algo completamente desnecessário na minha opinião.

- De qualquer forma, já descobriram que você saiu sem autorização e sem cumprir com o tratamento. - voltei-me para trás nesse momento e, eu própria, confirmei com o que o Capitão havia dito. Torci o nariz, num sinal de desagrado, e mantive-me silenciosa, esperando que a troca de palavras terminasse. - Chegou na hora certa, Kirigaya Izayoi-kun.

Por momentos, mantive-me a leste, mas o nome - aliás - o apelido daquela garota, levou-me num embrulho de pensamentos, dos quais nunca imaginaria meter-me. Aquele nome não me era estranho, de todo estranho, parecia-me demasiadamente familiar, o problema é que não sabia de onde. Vi-me a voltar a atenção para a pequena e tímida ruiva ali presente e as imagens surgiram-me, tive uma reminiscência. Tal e qual os meus pesadelos, os meus sonhos estranhos, as imagens que por vezes me surgiam na mente como flashbacks. Paralisei, gelei, os pequenos fragmentos começavam a juntar-se. O sorriso melancólico no rosto escurecido do suposto desconhecido banhado em sangue, a destruição e a distorção que as lágrimas causavam...
A partir dai, as palavras do Capitão tornaram-se nada mais do que um burburinho de fundo. Via a garota a afastar-me, mas ao mesmo tempo que compreendia que ela estava a deixar-nos, eu parecia não me aperceber de que ela estava realmente a ir embora. A minha visão parecia enublar e, subitamente, senti-me tão triste como nunca antes havia estado, ou pelo menos que me recordasse. As gotas salgadas começaram a molhar-me o rosto, o meu corpo tremelicava como louco, e eu procurava concentrar-me para entender o porquê.


- Megumi-kun? O que houve?

Acordei. Sai daquele mundo terrível e isolador, mas continuava a surgir-me imagens, eu começava a lembrar-me - aliás - a relembrar-me daqueles momentos terríveis. Poisei a mão sobre o olho vermelho, procurava limpá-lo, mas as gotas que saíam eram mais do que os meus dedos poderiam se livrar. Levantei a outra, puxei o tapa-olho para cima, limpava as lágrimas do outro olho, e notei os soluços a chegarem.

- Kirigaya... - murmurei. - ...Kazuto... Onii-san...

Tentei parar, não conseguia, era demasiado para mim, aquelas lembranças, eram poucas, ainda havia muitas coisas nubladas para mim, mas a existência de alguém importante para mim no passado, com o nome de Kirigaya, era inquestionável. Mas quem era? Porque é que aquelas imagens me perseguiam? O que aconteceu no meu passado, para eu não me recordar dele até agora? Eu nunca quis me perguntar nada sobre isso, mas agora via-me encurralada em memórias apagadas, esquecidas, perdidas.

- Porquê agora... Porque é que... - agachei-me, estava praticamente a enrolar-me e a esconder o rosto. - ... Eu quero lembrar-me...

Não pedi aquilo. Não ali. Não me importava que o Capitão ali estivesse, mas a ideia de que - provavelmente - ele tentaria fazer algo a respeito, pairou-me uma vez na cabeça, antes que esta ficasse cheia de dúvidas súbitas. Queria saber mais, mas ao mesmo tempo queria que aquela dor passasse. Não sabia mais o que pensar, queria sair dali, queria sair daquele buraco em que me meti por apenas me recordar de coisas.
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Makkiu Watanabe
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Makkiu Watanabe

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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime116/12/2012, 2:58 am

Megumi caiu no choro. Literalmente caiu. A figura apenquenada e pálida da jovem Shinigami de olhos heterocromáticos agachara-se trêmula pouco depois de desistir das tentativa inúteis de enxugar as lágrimas que lhe molharam o rosto e murmurar algumas palavras quase indiscirníveis. Se não fosse tão silenciosa aquela noite e nem Makkiu um rastreador ali próximo cuja habilidade não dependia exclusivamente da percepção de Reiatsu ele jamais teria entendido o que sua companhia dissera. Um nome que se fazia certamente nostálgico e não apenas pelo sobrenome que momentos antes do choque de Megumi o próprio Makkiu a pronunciara: Kirigaya Kazuto.

A última vez que ouvira este nome fora doze anos atrás em uma das raras vezes em que, de dentro de seu exílio um tanto quanto auto imposto, se permitira ter contato com sua família, mais especificamente sua irmã Kyomi. Dera-se ao privilégio de passar mais de um dia no terceiro distrito a Oeste de Rukongai, Hukutan, e recebera logo uma visita da irmã com quem aliviara a tensão resultante da verdadeira razão de seu afastamento e de quem ficara sabendo as mais privilégiadas informações que se poderia ter de dentro do Gotei. Entre elas estava a morte de um dos membros do clã Kirigaya, um garoto de nome Kazuto, que padecera confrontando um Hollow e o apoio fonecido pelos Watanabe que garantiam honras póstumas e tratamente de guerreiro heróico que preferiu lutar até o fim que fugir e sobreviver. Política pura.

Makkiu deteve suas deduções se aproximando de Megumi. Silenciosamente se pôs sobre o joelho esquerdo tendo, automaticamente, cuidado para que apenas o tecido negro do Shihakusho tocasse o chão do lugar e pôs-se a curar os ferimentos do corpo da garota sem nem ao menos tocá-la. Concentrara intencionalmente mais Reiatsu do que precisava para tornar o Kidou medicinal súbito apesar de presível e forçar a atenção da Shinigami a sair de perto de suas memórias por ao menos um intante. Não precisaria de mais do que isso para acalmar sua paciente e começar a tratar as feridas da alma dela. Começar, porque apenas ela seria capaz de se recuperar de fosse lá quais traumas tivesse.

- Calma, Megumi-kun. Enxugue os olhos.
Dizia em uma voz inacreditavelmente mais serena que a de costume. O tom era baixo e praticamente hipnótico, como o de quem conta uma história a embalar o sono de uma criança. Vamos, enxugue os olhos e respire fundo.

Mesmo com o atraso decorrente do uso excessivo de Reiatsu em um primeiro momento, Makkiu poderia facilmente concluir o tratamento das costas de Magumi em menos tempo do que levara para dizer as últimas palavras, mas era preciso acalmá-la. Por que? Faltava-lhe curar o braço e seria preciso que ela se desagachasse para isso, é a desculpa que Makkiu daria ao ver que não teria uma resposta para tal pergunta. Talvez apenas tivesse simpatizado com Megumi.

- Respire fundo e me escute, ok?
Continuava pausadamente e naquele mesmo tom que Kyomi chamaria de paternal. Não vai se lembrar assim, mas posso ajudá-la a lembrar se ficar calma.

Makkiu deteve-se quando ia dizer como ao perceber um riso vir-lhe da lembrança da irmã dizendo que seria um ótimo pai e dele a fitando com um olhar repreensivo forçado. Consigara limitar os efeitos daquelas memórias a um sorriso enquanto ecoava a irmã praguejando que ele se apaixonaria e teria muitos filhos. Ideia assustadora a um solteiro convicto, especialmente na infância.

- A família de Izaoi-kun tem um juramento de lealdade para com a minha
. Finalmente completava aquilo que dissera momentos antes quando repetira o pedido de calma. Vamos, levante-se para que eu possa cuidar do seu braço.

A garota tinha o direito de saber sobre seu passado, fato, mas não seria boa ideia tocar no assunto ali. Não com o sensível risco de mais uma reação de choque da parte dela. Levá-la para o esquadrão só geraria comentários que na melhor das hipóteses atrairia mais paciantes ainda para Makkiu que definitivamente não precisava de mais compromissos em sua agenda.

- Vou escoltá-la até sua casa e contarei tudo o que sei e que você precisa saber, está bem?
Um médico escoltando uma paciente após um choque pós-traumático. O tipo de emergência inesperada que não renderia mais trabalho para. Pelo menos não muito mais. Cuidarei de seus últimos ferimentos no caminho mesmo. Vamos?

O tom de voz voltava gradualmente ao normal conforme a Shinigami ficava tranquila. Tudo dava a impressão de tratamento certo e era trabalhoso. Talvez fosse identificação, diferente da que ocorrera com Kurayame, mas de igual forma suficiente para conquistar a simpatia de Makkiu que logo se pôs a pensar que estava apenas sendo egoísta demais para compartilhar seu conhecimento do que é estar sempre sozinho quando desaba.
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MensagemAssunto: Re: Ala Hospitalar   Ala Hospitalar Icon_minitime117/12/2012, 3:23 pm

As vozes embrulhadas sussurravam-me ao ouvido, tentava percebê-las, torná-las mais claras, mas cada vez que o tentava, parecia que minha cabeça rodava ainda mais. Aquilo doía, doía mais do que qualquer lâmina, qualquer corte - por mais profundo que fosse -, e eu não sabia porquê. Não sabia, porque meu passado fora apagado, ou porque lembrar-me de fragmentos me fazia doer o peito, o fazia arder como nunca antes senti, ou pensei que seria possível.

Encarava o chão totalmente absorta nos meus pensamentos, nos meus medos e dores, não havia sequer reparado na execução de Kidou Medicinal pela parte do Capitão cujo nome nem me lembrava ainda. Mas fora quando este profetizara suas palavras serenas, quando este buscara acalmar-me de fato, que eu voltei ao mundo real, à realidade, ao presente, àquele instante que já havia esquecido até então. O meu rosto elevava-se e os olhos melancólicos, inchados, vermelhos e confusos encararam o Capitão, enquanto este ditava - pela segunda vez - um pedido.

Tentei desacelerar a respiração, mas ainda não conseguia, e os soluços não ajudavam. As mãos procuravam livrar-se de quaisquer vestígios de lágrimas, à medida que eu tentava parar de chorar, de sofrer. O nariz estava entupido com aquilo tudo, por isso, a minha única hipótese era respirar pela boca. O Capitão falou comigo novamente, pedia-me para ficar calma, dizia-me que iria ajudar-me a lembrar. Isso suscitou certas dúvidas em mim. Que sabia ele? Teria ele alguma coisa a ver com o meu passado? Saberia ele de alguma informação relevante sobre o sucedido?


- - A família de Izaoi-kun tem um juramento de lealdade para com a minha. - estava respondido. Tinha ali, um dos superiores da suposta família do desconhecido. Então, ele poderia saber alguma coisa. - Vamos, levante-se para que eu possa cuidar do seu braço.

As feridas pouco me importavam, não fosse pelo meu estado, pela minha vontade de me ocultar no negrume da noite, e eu estaria a refilar sobre o fato de não precisar de curativos e tudo mais - eram só arranhões - feridas, coisas, que não interessavam, nem importavam, a ninguém. Fitei o vazio, estava a pensar, a raciocinar sobre tudo, mas não conseguia, estava tudo embrulhado, este momento, as lembranças, isto criava uma ira questionável em mim. Porquê? Era tudo o que perguntava para mim mesma, sem saber a resposta, sem saber nem o porquê do porquê.

- Vou escoltá-la até sua casa e contarei tudo o que sei e que você precisa saber, está bem? - o meu olhar encontrou o do Shinigami e a visão nublada misturava-se com uma visão clara, fazendo-me perceber o que estava ali mal. Desci o objeto branco enquanto o olho esquerdo era fechado, a calma conseguiu, por fim, inserir-se em mim. - Cuidarei de seus últimos ferimentos no caminho mesmo. Vamos?

Assenti com a cabeça, o meu braço direito fora levantado enquanto tremelicava, e o indicador do mesmo lado apontava para a direção contrária de onde vim. Era a direção da minha casa, ou pelo menos, eu achava que era. Além do meu péssimo sentido de orientação, tudo aquilo fazia-me duvidar ainda mais dos meus raciocínios. Dei um passo em frente, começaria a seguir aquela direção, e foi apenas no terceiro e quarto passo que eu consegui transformar pensamentos em palavras.

- Não consigo andar aqui... - avisei numa voz ainda fraca e trémula. - O labirinto confunde-me e eu ando pelas telhas dos corredores para conseguir ver o meu destino aqui dentro.
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