A sala estava escura. Alguns que olhavam entre o vão de sua grande porta, notara o quanto tudo estava vazio e sem vida. Ninguém ousara entrar em seus aposentos desde o acontecido. Assim como ninguém sabia se havia alguém ali dentro...

- Yue! Yueeeeeee!!! Apareça sua bruxa! Você nos traiu, nos abandonou... Abandonou ao Aizen-sama! Logo você, que jurou estar ao lado dele! Yueee!!! - Gritou, entrando nervoso nos aposentos da primeira.

O mesmo fitou o escuro e o silêncio. Esperou que alguém se pronunciasse, mas ficou silêncioso por alguns minutos. - Tsc... Eu sabia.. Ela nunca foi capaz.. Nunca será! - O mesmo deu as costas, então sentiu uma luz forte vindo em sua direção, mas já era tarde pra desviar. O clarão passou diante dele e foi de encontro com a parede do lado de fora, explodindo a mesma.

O arrankar sorri maliciosamente. - Pelas costas.. não é surpresa... - Então antes de se virar, nota uma mulher na sua frente, agarrando-o pelo pescoço, levando-o para o escuro.

- Nunca mais entre aqui e diga tais coisas... Eu não abandonei ninguém.. Ele que me abandonou... - Ela então joga o arrankar longe.


O mesmo se levanta com um sorriso malicioso e começa a caminhar em direção a porta, enquanto a mesma vai se fechando. - E vai ficar trancada aqui pra sempre? Você ainda é tudo o que eu disse...

O silêncio volta a reinar no local, então uma pequena luz vai surgindo, iluminando a mulher em seu trono central. - Não. Eu vou para a Soul Society...

Os dias iam passando e nada de bom ia acontecendo... Eu estava a ponto de destruir tudo o que via pela frente. Não aguentava mais ficar naquela escuridão. Isolada por um mundo, sozinha, sem ninguém... Eu tinha que fazer algo.. Mesmo que fosse algo pequeno ou que não importasse. Observava minha janela. Não era uma vista bonita, mas era a única que eu tinha. Já havia decorado aquele luar seco e sem graça.


“Lua...” – Meu nome.. Eu deveria amar a Lua e não odiar ela... Mas eu queria uma lua real. Queria poder contemplar mais uma vez aquele sol. Um sol que eu não via há muito tempo... - Eu tenho que sair daqui...


- Ainda pensa em ir para a Soul Sociaty morrer? - Disse o arrankar com cara de deboche.


- Não... Acho que vou da uma volta na cidade... - Sorri para o mesmo, limpei minhas vestes andei em direção a saída.


- Você pode morrer... Você sabe bem disso... - Disse o arrankar que continuava dentro do meu aposento.

- Eu sei... Eu sei disso... Mas não me importo. - Lentamente as portas foram se fechando e eu senti que o arrankar sorrira, enquanto olhava para mim.