A tarde caia sobre a praça mais famosa de Odayba, o vento suavizava o cheiro das arvores de cerejeira sobre os grandiosos monumentos de concreto. Era um dia aparentemente calmo. Aparamente, apenas, pois não muito distante dali onde a pequena estava, havia um tumulto gigantesco, que por sinal, as mudanças consecutivas de poderes espirituais eram de fato notáveis. A pequena girou o rosto para o oriente esboçando um leve sorriso no canto da boca.

“Não acredito que vieram perturbar a paz justamente aqui...” Pensava pulando do galho de uma arvore e assustando sem querer um civil que caminhava calmamente.

A jovem então limpa as vestes, olha para os dois lados e desaparece repentinamente usando shunpo.

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O parque da cidade era pra ser um lugar alegre, rodeado de crianças felizes, mas ao chegar à cena a pequena apenas observava destruição, lamurias e lutas sem um sentido especial, e para alguém que tem um sentimento tão amável pela batalha com gloria aquilo era um absurdo.

De inicio decidiu esconder sua reiatsu. Camuflou-se atrás de uns galhos de arvore que cobria o telhado de uma casinha próxima a cena. Ficou a observar por algum tempo ate avaliar a cena e poder agir com precisão.

“Rei-Kun?!” A pequena fechou as mãos em punhos. “Tsk... Mesmo depois de tanto tempo, ele ao menos fisicamente não mudou quase nada... Humm ao seu lado temos também uma jovenzinha, não a conheço... Do outro lado vejamos... Makoto e Akemi... Só consigo me lembrar destes... Dois anos e o Saga não fez nada concreto, a Soul Society ta cada dia pior...”

Era um momento um tanto nostálgico, há tempos Evy não aparecia, fazia dois anos que não tinha contato algum com qualquer que fosse. Somente Urahara a via constantemente. A jovem havia mudado um tanto após a rebeldia de negar-se a voltar a Soul Society. Porque a liberdade é muito mais saboreada quando conhecemos sua falta.

Finalmente a pequena decide agir. Fazia algum tempo que não entrava em uma batalha verdadeira então ver aquilo tudo a deixara excitada. Primeiramente a jovem usa o shunpo no nível máximo, era apenas um vulto se locomovendo no espaço. O primeiro alvo era logicamente quem estava sozinho e com a atenção livre.

Evy se aproxima rapidamente da frente de Brenrian. A pequena de um salto gira no ar com a perna esticada, batendo-a conta o rosto do homem com toda sua força fazendo-o rolar aos céus durante quilômetros. No mesmo momento a jovem usa o shunpo indo ainda pra cima de Brenrian, quando este para finalmente de rolar, a jovem o segura pelo rosto com uma das mãos e o bate contra uma pilastra de concreto que havia próximo. Então, puxando-o pelo colarinho, o gira e o joga com força contra o corpo de Akemi causando um grande impacto nos dois, fazendo-os afastarem de todos precisamente.

Evy sorri olhando-os, mas sem se descuidar nem um minuto.

-Tsk... E ai Rei-Kun... Quanto tempo não é mesmo? –Pisca para o amigo colocando as mãos na cintura.

O vento dava uma trégua enquanto a pequena via Akemi se levantar. Esta não parecia muito contente em revê-la. A jovem esboçou um leve sorriso no canto da boca onde se podia perceber certa ironia.

akemi escreveu:

-Ei vaizard! - Ela se dirigia para Evy - acredito que se lembre do Makoto, ele está com tanta sede de sangue que está atrás de um humano agora mesmo, que pena que você não vai conseguir impedi-lo. - ela disse provocando-a.

-Sim fofinha, eu me lembro muitíssimo bem dele, posso senti-lo a distancia, ele fede igualzinho a você. –Provoca-a. –Mas sabe o que mais eu sinto de você alem do fedor?... Receio, ou eu poderia dizer... Me-do!? –Se pergunta cética ainda provocando-a. Evy usa um shunpo ficando a frente de Akemi, a jovem se aproxima de sua orelha ousadamente e murmura. –Eu não estou ligando para a criança, eu queria apenas um oponente que me divertisse, mas você tem medo, e eu não quero fazer você chorar... Por isso vou deixar você continuar brincando com meu amiguinho... Fraca! –Após isso Evy se afasta com um sorriso cético.

Rei escreveu:

Evy-san,cuide do arrankar mais afastado,sim?

-Relaxa... Ela não quer me enfrentar mesmo... Vou caçar o outro, já que este outro ai não responde também... Bando de medrosos... –Neste mesmo instante Evy acena um tchauzinho a Akemi e desaparece.

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Era realmente fácil rastrear Makoto, e quando Evy chegou a cena pode ver o por que. O “monstro” se levantava em meio a destroços de uma escola que havia desabado a pouco, ainda restava poeira no local. Evy cerrou os olhos e os dentes. Apesar de ter dito a Akemi que não se importava com as crianças, o que era apenas um blefe para irritá-la, ao ver a realidade ali seu sangue subiu e a sua vontade era chegar e arrancar a cabeça de Makoto. Mas qual seria a graça se tudo na vida fosse tão fácil?

Evy de longe começou a acenar para Makoto ate que este a reparasse.

-Oooiii... –Gritou. –Seu palerma inútil! –Esbravejou. –Seu paquiderme, cara de bunda!!! –Vociferou. –Não acha que tem tamanho demais pra ficar maltratando criançinhas? –Pergunta ainda aos berros. –Quer mesmo se divertir? Venha lutar comigo, longe daqui! –Evy simula um chamado com as mãos e começa a correr usando um shunpo baixo ate um lugar mais vazio aonde não havia ninguém, era um campo deserto. Ela para apenas esperando Makoto chegar, ela sabia que ele não recusaria seu chamado, não ele que parecia tão excitado naquele momento com fome de briga.

A pequena colocou as mãos na cintura demonstrando-se um tanto impaciente. Quando Makoto chegou ficou ainda meio distante em cima de um poste. Evy o olhou de esguelha falar aquelas coisas, se ele pensou que aquilo fosse atingi-la ele seria um tolo, teria que ser muito pior do que apenas aquilo para enfurecer a pequenina.

-Ora... Claro, e como sempre ele esta trocando, hoje eu sou livre e você é um capanga dele, amanha ele te joga no lixo, te substitui por qualquer outro... É a vida, o ciclo... Mas o difícil é você chegar onde eu estou. Jamais vai ganhar a liberdade queridinho... Não duvido que o seu futuro seja a morte pelas suas próprias mãos, as mãos de quem um dia você tanto lambeu feito um porquinho de estimação. Eu fui enganada, mas não fui o animalzinho dele... –A jovem sorri meigamente num tom de ironia.

-Quer a honra de começar? –Pergunta animando-se.