Versão 3.0 - Time Break
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| Santuário da Família Oota | |
| Autor | Mensagem |
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Umineko Oota Shinigami Tulipa
Mensagens : 64 Data de inscrição : 07/05/2012
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| Assunto: Santuário da Família Oota 12/5/2012, 8:54 pm | |
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- Situado numa região afastada em Rukongai, este antigo santuário vem sendo cuidado pela família Oota à cerca de 12 gerações. Devido ao massacre ocorrido à dez anos atrás, Umineko é a única descendente do clã que ainda vive. - |
| | | Makkiu Watanabe Lendários
Mensagens : 1473 Data de inscrição : 24/06/2010
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 13/5/2012, 3:23 pm | |
| Um vento varria às folhas das árvores entre as quais se podia ver um templo. Não era incomum que houvesse um em meio às florestas de Rukongai, mas certamente era incomum ver um capitão por um lugar como aquele ainda mais quando esse capitão era também um nobre cuja linhagem pertencia a uma das quatro grandes famílias.
A tarde já avançara o bastante para o sol estar agradável e a temparatura amena. Sem se importar com olhares ou com a atenção que chamava, Makkiu seguira em seu costumeiro passo, nem apressado nem lento até aquele santuário, em resposta à mensagem que recebera a cerca da devolução de seu Haori.
Acostumado com Rukongai durante seus anos de auto exílio e contemplando toda a beleza natural que aquelas terras possuiam, ele subira as escadas daquele lugar. Agora ali estava ele, diante da entrada da construção que bem infomado, sabia ser um templo dedicado à deusa Kannon.
"Que belo lugar. Simples ainda que extenso, cercado pela natureza ainda que refinado..." Seus pensamentos vagavam em direção daquilo que planejara inicialmente para ser sua casa e acabaram o levando para o que realmente era, para quem a fizera ser daquela forma. A saudade não era maior que a felicidade das lembranças.
- Espero não ter chegado em má hora. Diz em um tom de voz que embora não fosse realmente alto era audível. Eu odiaria atrapalhar de alguma forma.
Como sempre sereno e formal, o nobre pedia licença enquanto deixava o anunciar de sua presença por conta de seu Reiatsu. Aliais, era o Reiatsu que o dizia que lá estava a Shinigami a qual emprestara seu Haori no treino do Tenran, para aplacar um pouco seu frio. Algo que se provou efetivo com o êxito sequente ao empréstimo.
- Pergunto-me se minha resposta chegou a tempo. Divagando o capitão acompanhava o aproximar da jovem e logo em seguida fechando seus olhos. Não que sua percepção de ambiente mudasse com isso.
Ele continuava parado à entrada como que dizendo que não passaria dali sem um convite. Pura convenção. Com as mãos dentro do Kimono branco com bordas douradas e o simbolismo da alta nobreza, paciantimente esperava.
"Utsu de certeza gostaria deste lugar ou sítio, como ele chamaria." Prestando atenção a tudo e ainda assim focado em seus pensamentos. O jovem Watanabe pensava em seus irmãos enquanto o vento soparava através de seus cabelos.
Apenas as lembranças que o trouxera já faziam daquele algo que o agradava. Havia ainda a tranquilidade dali, a distância dos olhares sempre atentos ao capitão, ao nobre. Realmente aquele vento o fazia pensar no quanto Rukongai o agradava. Realmente Makkiu era um nobre diferente dos demais.
Última edição por Makkiu Watanabe em 14/5/2012, 6:23 pm, editado 2 vez(es) |
| | | Umineko Oota Shinigami Tulipa
Mensagens : 64 Data de inscrição : 07/05/2012
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 13/5/2012, 8:54 pm | |
| Um vento não muito forte agitava as arvores próximas ao santuário, fazendo com algumas folhas se desprendessem e seguissem o curso pelo ar em direção ao pátio do velho templo. Umineko ocupava-se no presente momento com a limpeza do lugar, trabalhando cuidadosamente no átrio da deusa, local onde uma antiga pintura de Kannon jazia pendurada desde o nascimento da família Oota. A garota já se acostumara a morar sozinha naquele lugar, como uma solitária guardiã, desde sua infância.
O templo ficava no topo de um monte rodeado de belas e verdejantes arvores, funcionando como uma espécie de barreira natural, ocultando o templo no esquecimento. Visitas ali eram extremamente raras, e acolhidas pela shinigami como se fossem parte da família. Kannon era uma deusa misericordiosa. Alguém que habita um templo dedicado a ela também deveria ter essa qualidade.
Para que pudesse varrer a poeira do local sem precisar se preocupar em sujar suas roupas de shinigami, ela trajava vestes comuns de uma cidadã de Rukongai. Seus longos cabelos estavam amarrados num rabo de cavalo, facilitando ainda mais o serviço. De súbito, a garota percebe um reiatsu aproximar-se devagar. “O Taichou já chegou?” A garota deixou a vassoura que carregava em algum canto pela sala, indo receber o capitão, que encontrava-se parado à frente do santuário.
-Bom dia capitão! –Umineko cumprimentou seu superior, fazendo o um gesto para que ele entrasse.
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| | | Makkiu Watanabe Lendários
Mensagens : 1473 Data de inscrição : 24/06/2010
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 13/5/2012, 10:24 pm | |
| Não fazia muitas horas desde que sua resposta fora enviada e provavelmente era isso que tornava a presença de Makkiu surpreendente naquele momento. Trajando vestes orientais típicas e que ao capitão pareciam coerentemente próximas às de uma Miko, a jovem Shinigami se aproximava do meditante nobre.
Em resposta à compania ele abria seus olhos. Tão vermelhos quanto sangue, brilhantes e embora sérios, profundos ao ponto de se tornarem serenos. A garota estava com os cabelos bem prezos, mas nem de longe tão prezos quanto ela aos títulos hieráquicos.
Absolutamente tranquilo e sem nem mesmo um sinal de cansaço ele demonstrava aceitar o gesto de convite dela. O silêncio do lugar era algo que embora pareciasse, Makkiu pretendia romper em resposta ao cumprimento e ao convite que recebera.
- Não estamos no Gotei, estamos em tua casa e aqui sou apenas um convidado. Falava em uníssono com o olhar, sem nenhum tipo de tensão. Eu ficaria realmente grato se ao menos aqui você dispensasse os títulos.
Se já era estranho um nobre trilhar caminhos mais longos com seus próprios pés, um capitão vir a Rukongai e um capitão nobre vir a Rukongai a pé, o pedido dele para dispensar seu títulos era ainda mais estranho. Em geral os nobres eram orgulhosos e Makkiu definitivamente não era assim.
- Não sou como os outros nobres. Apresava-se a antecipar qualquer tipo de estranhesa que suas palavras anteriores pudessem causar. E peço desculpas por estar com minha Zanpakutou. Um hábito de séculos do qual seria demasiado problemático abrir mão.
O jovem Watanabe fazia questão de ser vago quanto a sua razão, mas deixava claro que tinha uma. Ele preferia não tocar no assunto da Zanpakutou, mais importante, ele devia seus cumprimentos àquela que agora era sua anfitriã.
- Claro que você não poderia me chamar de outra forma, afinal nunca fomos devidamente apresentados. Dizia ao lembrar a quão pouco tempo fazia desde que passaram a ter algum convívio. Watanabe Makkiu, prazer em conhecê-la.
Ele falava com simplicidade ainda que polidamente. Não havia, assim como nunca houve, uma postura de superioridade. Havia sim formalismo, mas isso era outro hábito de séculos do qual não seria problemático, apenas estranho, abrir mão.
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| | | Umineko Oota Shinigami Tulipa
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 14/5/2012, 11:13 pm | |
| -Peço perdão por isso Makkiu-Kun. Me sinto cometendo uma falta em dirigir-me a você sem utilizar os títulos. -Umineko abrira um grande sorriso, certamente admirando a sinceridade do capitão. Ele era muito diferente da maioria de outros nobres que a shinigami vira em Seireitei. -Por favor venha comigo. Tenho um chá à nossa espera!
Conduzindo o Taichou ao interior do templo, Umineko começou a explicar a ele sobre cada local por onde ambos passavam, funcionando como uma verdadeira guia turística. O templo possuía um pátio amplo, que em outra época, fora utilizado para treinamentos mentais e corporais pelos membros do clã. Próximo a ele, existia um caminho construído com pedras em mosaico, levando até a segunda parte do templo, que contava com exatamente quatro localidades de tamanho mediano, unifiadas entre si e desempenhando um papel específico. O pátio, os aposentos dos sacerdotes, o dojo e o Templo Central, onde ficava o local de adoração a Kannon.
-Seu Haori está bem aqui Makkiu-Kun. -Disse Umineko, depois de ir até um velho guarda-roupa feito de madeira de cedro.
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| | | Makkiu Watanabe Lendários
Mensagens : 1473 Data de inscrição : 24/06/2010
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 15/5/2012, 2:03 am | |
| A garota respondia ao nobre com um sorriso sincero e com eficiência o guiava, mas havia também um nervosismo leve e tímido. É claro que ele teria o percebido com sua habilidade ainda que não estivesse prestando atenção, mas a maneira polida com a qual se desculpara sem razão somada ao fato dela ter se esquecido de retribuir à apresentação falavam mais alto que os sinais de seu Reiatsu.
Haviam adentrado ao templo, passando à sua segunda parte e ali estavam. Ambos de pé , parados de frente a um guarda roupa de madeira que tinha o toque de refino das atiguidades em um abiente cujos Shuji abertos deixavam ainda mais claro e arejado do que já era naturalmente.
Diante do guarda roupa, a Shinigami se afasta do capitão e voltava a se aproximar trazendo consigo uma veste bem dobrada, de cortes bem feitos em um tecido nobre e de um tom azul escuro. Antes que o símbolo da peça pudesse denunciar sua identidade, a jovem atestava que aquele era o Haori do capitão.
- Obrigado pelo Haori. Dizia ao receber o Haori com ambas as mãos e notar que não apenas estava dobrado, mas também lavado. Ah, e só porque sou um tanto quanto formal, não precisas o ser também.
Embora sua postura fosse formal não havia ar de superioridade, embora seu olhar fosse quase frio de tão sério não havia o despreso daqueles que se sentem superiores, embora sua voz fosse impasível não havia nem sombra de orgulho nela. Tudo em Makkiu passava um individualismo e um modo próprio de dentro desse individualismo tratar os outros como iguais.
- Nem precisa me pedir perdão nem pensar que está a cometer uma falha ao não me tratar por títulos. Confirmava com as próprias palavras que eram verdadeiras as impressões que passava. Agora, se quiser se desculpar...
Ele tomava o Haori agora em sua mão esquerda tomando cuidado para não enganchá-lo no cabo da Zanpakutou e estendia a mão direita com um ar ao qual só faltava o sorriso para ser de brincadeira. Um gesto que muito sutil e diretamente lembrava o que ela havia esquecido.
- Façamos a apresentação de uma forma menos formal. Ele continuava a falar de maneira mais polida, mas não era isso que predominava. Nem mesmo sua serenidade im utável se sobrepunha a le veza que estava em sua voz. Meu nome é Makkiu.
Naquele momento o jovem Watanabe mantinha sua mão estendida em cumprimento, mas não no cumprimento machista dos nobres que sem permissão beijavam às mãos das moças. Era um cumprimento formal, simples que não fazia distinções, tão comum que parecia anormal vindo de quem vinha.
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| | | Umineko Oota Shinigami Tulipa
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 24/5/2012, 11:00 pm | |
| Umineko aperta alegremente a mão do nobre a sua frente. Makkiu era certamente um bom amigo, deixando de lado os títulos de nobreza e status e sempre dirigindo-se aos outros como um igual. A garota sentiu-se até meio envergonhada por pensar diferente dele.
-Oota Umineko, a miko deste templo. -A tulipa agora sorria de forma mais descontraída, logo chamando o capitão para o local onde o chá se encontrava em processo de fervura.
A cozinha era um local bem cuidado, cheia de temperos e especiarias vindas de toda a Rukongai. Antes de se tornar uma shinigami, Umineko possuía o hábito de viajar muito, trazendo consigo várias coisas adquiridas em meio a suas longas jornadas.
-Sente-se por favor Makkiu-Kun. -Dizendo isso, Umineko indicava um lugar onde ele pudesse se sentar. Um cheiro gostoso invadia o ar, enchendo as narinas da miko. -O chá já está pronto! Espere até experimentar! -Um novo sorriso apareceu na face da garota. -Essa é uma erva especial que nasce em poucos pontos do mundo.
Enquanto falava, Umineko parecia sentir certa nostalgia, como se o cheiro do chá trouxesse boas lembranças. Pegando as xícaras, ela ofereceu uma ao capitão, logo em seguida pegando o chá.
-Essa porcelana é do mundo humano... Meu pai trouxe de um lugar chamado Nagoya numa de suas expedições, quando era membro do Esquadrão Sakura. |
| | | Makkiu Watanabe Lendários
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 25/5/2012, 12:30 am | |
| A mão da garota apertava à do capitão, suave e alegre, demonstrando todos os sentimentos da Shinigami a não ser por uma timidez que levemente abalava seu Reiatsu. Ela realmente deve ter pensando que eu era como os demais nobres.
Ela sorria de maneira mais leve e esponânea ao se apresentar. Guiava Makkiu para um local cujo o cheiro denunciava ser onde estava o chá fervendo. Um lugar um tanto quanto surpreendente, não por quão bem cuidado era, mas pelas ervas que tinha. Melhor dizendo, por algumas das ervas que tinha.
Certamente não seria de se estranhar que como comandante do esquadrão médico ele conhecesse muito bem as ervas da Soul Society, mais que muito bem na verdade, mas quem pensasse que era essa a razão pela qual reconhecia a maioria dali estaria enganado. O próprio Makkiu vivera anos em Rukongai e conhecera pessoalmente o habitat de cada erva usada o que o fazia ficar um tanto quanto surpreso ao reconhecer ervas de distritos mais hostis.
- Eu não estava em Seireitei quando houve a reestruturação Gotei e o Sakura surgiu, mas missões de campo eram mesmo do estilo de sua fundadora, minha irmã. Disse saboreando o chá que mais que fazia jus ao sorriso da garota e às expectativa do seu exigente paladar. Eu estava em Rukongai, viajei aqui por anos e por isso seu onde nascem as ervas. Você pegou até mesmo aquelas de distritos mais hostis? Ah, o chá está maravilhoso.
De fato estava e de forma bastante tradicional, o nobre o saboreava. Tinha certeza já ter provado daquele sabor. Provavelmente uma das muitas iguairias a que fora apresetado quando morava na casa dos pais.
- Estive em Nagoya algumas vezes para me divertir com minha irmã e nem em todas as vezes a ideia foi dela. Sua voz misturava nostalgia à costumeira serenidade enquanto contemplava à porcelana. Deve a surpreender isso, não? O fato de eu ter senso de humor.
A última frase poderia ressoar com o pensamento inicial como uma demonstração de desagrado se não fosse o fato do tom com que fora dita ter sido bem mais leve que o convencional. Era quase um tom de brincadeira.
- Imagino que essa surpresa tenha sido a causa do seu discreto riso frente minha brincadeira na aula do Tsuribohi. Falava de forma bem menos formal que a habitual enquanto erguia os olhos para a jovem Miko. Sou bem menos sério e formal que pareço então ao menos fora do esquadrão, me chame apenas pelo meu nome. E você não me disse como devo chamá-la.
Voltando a saborear o chá ele esperava uma resposta. Seu sorriso era raro, mas seu olhos cor de sangue pareciam tão vivos ao ponto de quase tomar o lugar de não apenas um sorriso, mas de um riso gentil. A luz do lugar os fazia brilhar em carmesim.
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| | | Umineko Oota Shinigami Tulipa
Mensagens : 64 Data de inscrição : 07/05/2012
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 25/5/2012, 6:39 pm | |
| Umineko tomava um gole do chá que havia preparado minutos antes. Aquele realmente era seu favorito. Tinha de admitir que a companhia do capitão era diferente do que ela pensara. A garota achara anteriormente que, receber um nobre no simples templo seria algo difícil e trabalhoso, mas a presença do Taichou era realmente muito agradável. Makkiu parecia ter se admirado com o fato de ela possuir tantas ervas raras reunidas ali.
-Eu gostava muito de viajar antes de entrar para a Seireitei. -Umineko tomou mais um gole e logo continuou, sorrindo como se contasse uma piada. -Não sou tão delicada quanto pareço. Sempre fui muito boa com arco e flecha, mas é realmente uma pena que não haja essa prática na Seireitei.
O capitão logo respondeu, falando sobre sua irmã, antiga capitã do esquadrão Sakura. A Soul Society realmente havia passado por muitas mudanças nos anos anteriores, mudanças estas que ainda causavam algum visível impacto no presente.
-Já esteve lá? -A garota pareceu não acreditar no que o Taichou dissera nos primeiros segundos, ficando surpresa. -Eu sempre quis visitar esse lugar. -A última fala do capitão pegara a shinigami de surpresa, fazendo ela soltar uma meia gargalhada. -Conseguiu me provar que você tem.
O nobre logo continuava a falar, tentando romper os últimos resquícios da barreira que impedia Umineko de falar abertamente com ele.
-Não posso dizer que não me surpreendi. -Ela continuou depois de tomar mais um gole de chá. - Isso prova que primeiras impressões realmente nos enganam.
O Taichou ainda esperava uma resposta. Umineko fez uma careta, como se avaliasse a situação. Certamente mais uma das piadas da garota, que logo caiu na gargalhada.
-Pode me chamar de Umineko. Sem sufixos ou qualquer coisa. Como amigos tratam uns aos outros. |
| | | Makkiu Watanabe Lendários
Mensagens : 1473 Data de inscrição : 24/06/2010
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 25/5/2012, 9:49 pm | |
| A garota começava a responder com risos sinceros quando a barreira criada pelo estatus era reduzida a meros resquícios. Suas respostas intercalavam-se entre goles do saboroso chá, sinceras, rompendo com brincadeiras o que as palavras de Makkiu pudessem ter deixado de qualquer barreira.
Era mais leve e menos breve do que se poderia imaginar, a conversa. Umineko falava ainda brincando sobre primeiras impressões o que arremetia à mente do nobre as que sempre tinham dele: nobre orgulhoso, distante e sério. Não que Makkiu não fosse sério e até certo ponto distante, mas certamente não era um nobre orgulhoso.
Pergunto a mim mesmo quão trabalhoso ela pensou que fosse me receber. Talvez esperase a minha chegada com horas de atraso e carruagens chamativas. A ideia lhe parecia quase engraçada de tão descabida ao imaginar a cena, mas realmente era de se esperar estes comportamentos tradicionais de alguém tão formal. Ainda assim para ele a nobreza era uma forma de ver as coisas mais descabidas e Umineko fizera uma dessas coisas parecer especialmente engraçada.
- Surpreende-me a paciência de lidar com todos aqueles brutamontes e ainda coletar as ervas. Rompia em um tom simples e bastante evidente de brincadeira. "Tão"... Está querendo me dizer que é delicada?
Se antes seus olhos pareciam brilhar com a intensidade de um riso, agora sua voz parecia sorrir. Quase tranformando a pergunta em uma afirmação, Makkiu completava a brincadeira fechando os olhos e soprando uma fumaça inesistente do chá, antes de tomar mais um gole.
- Alguém aqui conseguiu me provar que é curiosa. Falava já com os olhos abertos com o tom ainda incomumente leve. Se quiser posso disponibilizar o Senkaimon da casa principal do meu clã e liberar Gigais para você e alguns amigos seus fazerem uma vistia, quando estiver de folga novamente é claro. Considere uma retribuição por sua hositalidade.
Meneava a cabeça para a Zanpakutou junto a qual estava o bem dobrado Haori e repousava um pouco a porcelana ainda com alguns goles de chá. As palavras da garota sobre primeiras impressões ainda tomavam espaço em sua mente. Às vezes eu também queria que me enganassem.
- Sobre primeiras impressões enganarem eu realmente não posso falar. Emendava as palavras ao seu pensamento. Não é algo que eu conte embora provavelmente a maioria da Soul Society já saiba, mas sou do tipo sensorial. Consigo sentir, mesmo sem querer, até a menor alteração em um Reiatsu e com meus anos de experiência sei dizer o que a maioria dessas reações significam sem erro.
Estavam a conversar tranquilamente enquanto a luz do sol iluminava agradavelmente o lugar e a à brisa entrava pelas janelas. Makkiu focava seu olhar em Umineko, interessado em ver como ela reagiria em saber que até mesmo o que ela guardava para si era como um monte de palavras gravadas em páginas abertas de um livro para ele.
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| | | Umineko Oota Shinigami Tulipa
Mensagens : 64 Data de inscrição : 07/05/2012
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 7/6/2012, 10:52 pm | |
| -Quando se é sozinha em Rukongai, você precisa aprender a se cuidar. -Umineko tomou mais um gole de chá, parando um pouco para apreciar o sabor, e logo soltou uma gargalhada com a última fala do capitão. -A maioria das pessoas me vê como uma "garotinha órfã". Mas como você mesmo já percebeu a muito tempo, as aparência enganam não é?
A conversa seguia naturalmente, até que o nobre falou sobre a possibilidade de uma possível visita a Nagoya. No entanto, o fato que mais surpreendeu a garota foi a notícia de que o Taichou possuía um Senkaimon em suas propriedades. O fato de usar Gigais também aumentou bastante a curiosidade de Umineko, afinal a Miko nunca tinha utilizado ou visto um em sua vida.
-Isso seria incrível! -Ela não conseguiu conter seu entusiasmo. -Fico imaginando quantos doces podem existir por lá e...
Só então ela percebeu que mais uma vez seu vício por comidas altamente açucaradas a estava fazendo agir como uma garota de cinco anos de idade.
-Er... Desculpe por isso... Doces costumam influenciar meu emocional mais do que qualquer outra coisa. -Umineko levou a mão até a cabeça, sorrindo com parcial constrangimento.
O Taichou continuou a falar e explicou que era um shinigami com grande percepção de reiatsu, de um jeito que poderia até saber como ela estaria reagindo, antes mesmo que Umineko pudesse terminar de falar.
-Isso explicaria muita coisa. -A garota tomou mais um gole de chá. -Essa por acaso seria uma das razões da sua serenidade? |
| | | Makkiu Watanabe Lendários
Mensagens : 1473 Data de inscrição : 24/06/2010
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| Assunto: Re: Santuário da Família Oota 8/6/2012, 2:56 pm | |
| O capitão estava a ouvir às respostas de Umineko quando dela veio uma pergunta. Makkiu nunca havia pensado realmente sobre aquilo. Desde muito pequeno o hoje líder do clã Watanabe, com seus mais de um metro e oitenta de altura e literalmente dezenas de décadas vividas, fora acostumado a falar de maneira formal e impassível, fora ensinado que isso dava uma impressão de serenidade à voz.
Serenidade é calma e um líder calmo é sinônimo de um clã forte e um inimigo forte é sempre temível.Fazia tanto tempo desde que lera um tratado sobre política que não lembrava de que manuscrito vinha essa interpretação milenar aos nobres de Seireitei. Não importava mesmo, sua calma não era apenas aparência, era algo que havia aprendido de várias formas.
A solidão que cumprir sempre as espectativas causara seria um delas. A outra seria seu poder que além de por muito tempo e inúmeras razões fora a maior causa de sua solidão, o fizera, por meio de sua Zanpakutou, ter tanto medo quanto teria direito. Ainda assim como seu poder é parte de sua natureza, é da sua natureza a maior parte das formas que o ensinaram e o levaram a ser quem é.
- Seria mais correto dizer que sou "sereno" Mudava o tom na última palavra como que dizendo que ela não era a mais adequada, mas ainda assim falava tranquilamente. Por ser minha natureza.
Makkiu concluia a frase sem deixar transparecer por um único segundo que fosse o quanto havia ponderado em tão pouco tempo. De fato o parecia curioso não ter pensado sobre aquilo antes.
- Pensando bem, meus poderes também são parte de minha natureza. Sua fala saiu tão descontraída que o próprio Makkiu se surpreendeu. E não precisa ficar tímida com os doces, minha irmã é igual a você nesse aspecto e as aparências não parecem ter me enganado a seu respeito.
Ao citar os doces, ele lembrava da levíssima timidez que tomara a garota logo após o entusiasmo. Lembrava também de como a irmã fizera em sua casa, que deveria ser simples, um verdadeiro reservatório dos mais variados tipos de doces.
- Os clãs mais abastados possuem Senkaimon e Gigais, mas em geral apenas em sua casa principal. Eu tenho um em minha casa particular porque o Kidoushuu é responsável pelos Senkaimon. Mudava um pouco o rumo do assunto para algo mais casual, para não causar timidez à Miko. Se preferir pode levar alguns amigos em minha casa ao invés de para a casa principal do meu clã, sinta-se convidada. Por falar em convite...
Makkiu interrompia sua frase para retirar do bolso interno do Kimono branco de bordas douradas que usava por cima do Shihakusho, um carta.
- Fui informado que ela está organizando uma aula. Estendia sobre a mesa uma parte do envolope sobre a qual se lia Hinuzuki Hyumi. Se apresentar essa carta e disser que ela está sob efeito de Kakusareta ela vai entender que a enviei e vai treiná-la.
A carta repousava sobre a mesa e o aspecto de ter citado uma técnica repousava sobre as palavras de Makkiu. Davam ao silêncio que se seguia delas dizeres nas entrelinhas: algo que não será dito.
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