O lugar parecia uma floresta tamanha a quantidade de árvores e plantas. Mas os arbustos perfeitamente podados e a grama impecavelmente aparada denunciavam que aquele lugar era na verdade um imenso jardim. E no centro desse jardim estava o cenário para a segunda aula de apresentação do Tulipa: o Dojo do 4º Esquadrão.





O clima estava agradável naquele dia e Makkiu esperava pacientemente os alunos, começando a falar apenas quando todos já estão acomodados.

- Antes de mais nada bom dia. Começava o jovem Watanabe, falando com seus costumeiro tom de voz sereno e formal.Devido ao desenvolvimento pleno que fazem dos Kidous os membros do Tulipa são os únicos capazes de usá-los para fins medicinais e de forma realmente efetiva.

Alguns alunos pareciam de certa forma ansiosos, o que era natural levando-se em consideração que aquele seria o primeiro treino dentro de um esquadrão que receberiam do nobre.

-Isso torna a tropa responsável por missões não apenas de combate, mas também por outras muito mais complexas: de resgate e suporte. O capitão continuava sua explicação tão perfeitamente que parecia lê-la. Para lhes dar uma noção básica da função médica que os membros do Tulipa por vezes desepenham irei lhes esinar o mais básico dos Kidous medicinais: Chiyuudou.

Naquele momento os alunos compreendiam que viria a explicação do realmente era a técnica e o reflexo disso era o silêncio que tomava o ambiente do dojo.

- O Chiyuudou é caracterizado pelo transplante de parte do seu reiatsu para um corpo ferido em três etapas básicas sendo respectivamente de baixa, alta e média complexidade: concentração do fluxo de reiatsu no ferimento, onde devem apenas materializar seu reiatsu sobre o ferimento; estabilização com o fluxo de reiatsu do ferido, onde vocês devem igualar seu nível de reiatsu com o do ferido por inteiro e estimulação do fluxo de reiatsu do ferido onde você deve ceder seu reiatsu ao ferido até que ele se recupere.


Mediante a explicação sutil e pausada a curiosidade parecia crescente entre os Shinigamis. Se a aula ensinaria o Chiyuudou então seria preciso executar a técnica, ou seja, seria preciso curar algo. Seria preciso que houvesse algo a ser curado, algo ferido.

- No ambiente mais ao fundo há alguns animais, pequenos, que foram encontrados feridos. Respondia o jovem Watanabe antes que surgissem perguntas. O objetivo de vocês será cada um curar um destes animais seguindo o procedimento que lhes falei.



Off:Cada um de vocês deverá fazer uma narrativa de suas tentativas desde o momento em que pega um animal (especificando qual animal foi pego) seguida de 3 lançamentos em um d20 e conseguir no mínimo a sequência 1,10,6

• Os interessados em ingressar no Tulipa devem postar com seus personagens interpretando o pedido de admição na tropa no tópico (cliquem no nome em azul para serem redirecionados): Sala do Capitão..

• Não haverão limites de tentativas
  

• Mensagens com algum tipo de incoerência serão excluídas
  

• Não será permitido double post (postar consecultivamente com menos de 24 horas entre os posts)
  

• Para aqueles que concluirem a aula serão creditados 25 de cura
  

• A pontuação referente a participação será dada de acordo com o nível da narração e da interpretação podendo variar de 5 a 15 pontos.
  

• Qualquer duvida contatem-me via MP com o assunto:"Aula de apresentação".
  

Lelouch chegava na sala de aula meio encabulado, sem conhecer ninguem e sem muito conhecimento sobre ser um Shinigami. Pouco tempo depois, o capitão Watanabe começava a fazer suas explicações sobre o Kidou. O jovem não sabia muito bem o que era um Kidou, mas percebia logo no inicio da descrição que o homem fazia, de que se tratava de uma habilidade de cura. Basicamente, o Taichou começava a doutrinar sobre um Kidou nomeado Chiyuudou, segundo aquele, este era um Kidou caracterizado pelo transplante de parte do seu reiatsu para o corpo de um ferido. A explicação foi rapida e simples de entender, só faltava agora o Shinigami por em pratica.

Seu proximo movimento foi ir até o local onde havia varios animais feridos. Ao chegar lá, deparou-se com um gato que tinha uma de suas patas muito machucada, parecia até que mergulharam-na em um balde de acido sulfurico. A cena era de dar dó, mas era melhor ainda para que o Brittania pudesse realizar com facilidade a habilidade.

Segundo o que lhe foi ensinado, a primeira coisa a se fazer era concentrar a reiatsu no ferimento, para quem ouvia parecia facil, porém para quem fazia tornava-se dificil. O garoto tinha alguma noção quanto ao uso de Reiatsu, pois algumas vezes já havia tentado usa-lo e entre muitas falhas, descobriu como controla-lo. Suas mãos são esticadas em direção à pata do gato e uma leve luz de cor branca sai, meio descontrolada, seguindo até os ferimentos. Agora vinha a parte mais dificil, estabilizar a reiatsu de ambos. O suor começa a escorrer pelo seu rosto e cai no chão próximo ao animal, o qual fica com seus olhos tremulando, enquanto permanece desacordado, parecia que estava sentindo dor ou uma agonia, era dificil de saber. Logo a reiatsu que antes estava desestabilizada começa a sair como se fosse uma pequena correnta d'água e adentrar no ferimento, o qual começa a brilhar da mesma cor que a energia enviada pelo shinigami - Acho que está dando certo - pensava Lelouch com um sorriso no rosto e logo após isto uma segunda reiatsu de cor semelhante saia do corpo do gato e se misturava com a do Brittania.

Se passaram cerca de 30 minutos desde o inicio do Kidou, grande parte dos alunos já havia terminado, porém o shinigami de olhos violeta continuava la, com seu kimono um pouco mais escuro no peito e costas, era impressionante o quanto de suor saia, conseguia até ultrapassar as roupas que ficavam por baixo, além também de que ao seu redor, podiam ser notadas algumas manchas negras de tamanho avantajados. A ferida do felino aparentava estar ficando cada vez menor, agora ao invés daquela aparencia horrivel, somente dava a impressão de ser uma queimadura de primeiro grau - Ufa! Acho que finalmente peguei o jeito... - enquanto falava isto num tom mais alto, fazendo com que todos ao seu redor ouvissem e começassem a dar algumas risadas, Lelouch apenas observava o gato abrindo seus olhos e mexendo aquela pata que outrora estava em condições horriveis.

Agora já completavam 40 minutos de treinamento e o Brittania finalmente consegue curar o seu animal. Ele foi o ultimo, mas de qualquer jeito conseguiu terminar e apenas aguardava novas instruções de seu capitão, para descobrir se realmente havia conseguido ou não.

Era surpreendente como Kidou e Kidou Medicinal conseguiam ser tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo. Eram mais que próximo, na realidade eram de mesma natureza em estilo, eram igualmente baseados em controle pleno de Reiatsu, eram igualmente Kidou. Apesar disso a complexidade dos princípios curativos de um espírito tornavam as artes médicas basurdamente mais complexas que as artes de combate o que ironicamente fazia com que possuir habilidade em uma não significasse exatamente possuir habilidade na outra.

Houve alguns casos,é claro, de Shinigamis habilidosos como médicos e inábeis como combatentes, mas comum mesmo era o inverso e a aula daquele dia mostrava isso, que Shinigamis talentosos para combate tinham particular dificuldade quando a matéria era remover ferimentos ao invés de causá-los. Uma Shinigami de cabelos rosados era o exemplo vivo disto. Makkiu lembrava-se dela, a garota que quase matara sua companheira de treino ao acertar um Shou no pescoço dela. Ocupado como estava no dia, ele não havia notado que a garota de cabelos rosados e temperamento irritadiço era uma "membro especial do Tulipa".

Analisando melhor a Reiatsu, Gasai Yuno lembrava mesmo o amigo que como muitos outros amigos, implicavam com Makkiu chamando-o de "sensei". Independete de quem conhecia ou deixava de conhecer, a garota teria igual atenção naquela aula e muitos julgariam que por sua inaptadão, mas na realidade era por sua persistência. Quando finalmente terminou, tomada por um ânimo que para Makkiu parecia demasiado para o êxito e com o rosto quase tão vermelho quanto os olhos do capitão, Gasai-kun se aproximava, falava e deixa nas entre linhas um pedido.

- Primeiro precisamos tratar de você, Gasai-kun. Dizia ao usar ambas as mãos para mover o braço da garota e assim tirar do Shihakusho sua mão esquerda e mais tarde os pedaços de tecido que a envolviam. Pela tumefação ele não é raivoso.

Examinara o dorço da mão da garota rapidamente. Parecia até que mal tinha olhado e se não fosse pela experiência que denotava de seu posto, talvez a própria Yuno pensasse isso. Não demorou muito para começar a aplicar o Chiyuudou e demorou menos ainda para a aplicação não ser mais necessária: a mão estava ilesa.

- "Fé" é acreditar como por exemplo, eu acredito que você entenda que é errado agir da forma que agiu em sua primeira aula. Falava ao colocar o pedaço de pano na palma da mão de Yuno. Não espere que por ser membro do mesmo esquadrão que eu terá algum privilégio em relação aos outros.

Ver Makkiu dando sermão era algo estranho. Sua voz era tão serena que nem parecia que ele estava criticando uma postura inadequada, mas seu formalismo dava ares de decepção que muito provavelmente era bem mais evetivo que qualquer ressoar de gritos.

- Creio ter sido claro o bastante e lógico, não há espaço para questionamentos. Conluia a bronca a soltar a mão da garota. Espero que aprenda a se conter melhor e que algo daquele tipo não se repita.

Fitava Yuno com seus olhos cor de sangue e sempre sérios ou frios. A linha era tênue demais para alguém que de tão racional deixava as emoções de lado e era essa tenuidade que davam a seu olhar os mais variados significados. Hora ressoantes com suas palavras, hora dignos do carmesim selvagem que imbuía.

- Aproveitando as lições, o Costela não é um zero à esquerda e muito menos você. Proferia as palavras impassível e ainda assim compreensivo. Contanto que entenda isso, pode levá-lo para casa.

Makkiu odiava apelidos, aceitava-os de apenas duas pessoas, embora nesse caso não fossem bem apelidos, mas decidira deixar passar daquela vez. Já havia chamado a atenção da garota uma vez e tempos difíceis estavam vindo para ela. Melhor que aproveitasse os pequenos truinfos do dia: O Ghiyuudou e o canino que parecia ter vocação para médico.

Off:

Gasai Yuno: 15 pela narração/interpretação + Chiyuudou liberado.

Havia acabado de sair do treinamento de Hakuda e já estava indo em direção a mais uma aula, só que, dessa vez, era novamente com o meu tutor. De certa forma, sabia que ele tinha uma especialidade com a arte da cura, já que a área hospitalar da Seireitei fica no quarto esquadrão. Meu kimono estava um pouco manchado do Byakurai que havia atingido meu peito, mas eu logo tratei de limpar a sujeira, enquanto continuava a minha caminhada rumo ao quarto esquadrão. O engraçado de tudo aquilo, era que os alunos não faziam o que eu estava fazendo: experimentar de tudo, um pouco. Mesmo não sabendo o que eu me identificava, não fazia questão de procurar saber, até porque...

Após alguns minutos, cheguei no 4º Esquadrão. O jardim era, realmente, algo de se admirar por um bom tempo. O lugar tem um clima agradável e tudo era calmo por ali. Ao longe, via um dojo quase que camuflado entre as árvores. Bastou uns 3 minutos, mais ou menos, para eu conseguir chegar até lá. Ao adentrar no dojo, já havia uma grande quantidade de alunos. Mas era só olhar para trás, que eu não me sentia "o atrasado". Tratei de fazer uma reverência para o Watanabe-taichou e me sentar em um lugar, atrás de todos, depois.

Citação :

- Antes de mais nada bom dia. Começava o jovem Watanabe, falando com seus costumeiro tom de voz sereno e formal.Devido
ao desenvolvimento pleno que fazem dos Kidous os membros do Tulipa são
os únicos capazes de usá-los para fins medicinais e de forma realmente
efetiva.

Citação :

-Isso torna a tropa responsável por
missões não apenas de combate, mas também por outras muito mais
complexas: de resgate e suporte. O capitão continuava sua explicação tão perfeitamente que parecia lê-la. Para
lhes dar uma noção básica da função médica que os membros do Tulipa por
vezes desepenham irei lhes esinar o mais básico dos Kidous medicinais:
Chiyuudou.

Meu silêncio era a maior prova da minha atenção para com a técnica que o capitão iria demonstrar.

Citação :

- O Chiyuudou é caracterizado pelo
transplante de parte do seu reiatsu para um corpo ferido em três etapas
básicas sendo respectivamente de baixa, alta e média complexidade:
concentração do fluxo de reiatsu no ferimento, onde devem apenas
materializar seu reiatsu sobre o ferimento; estabilização com o fluxo de
reiatsu do ferido, onde vocês devem igualar seu nível de reiatsu com o
do ferido por inteiro e estimulação do fluxo de reiatsu do ferido onde
você deve ceder seu reiatsu ao ferido até que ele se recupere.

Precisei me afastar de vários alunos, para poder prestar mais atenção ao que ele estava falando. -Mas... e a prática? Pensei...

Citação :

- No ambiente mais ao fundo há alguns animais, pequenos, que foram encontrados feridos. Respondia o jovem Watanabe antes que surgissem perguntas. O objetivo de vocês será cada um curar um destes animais seguindo o procedimento que lhes falei.

Me levantei, juntamente com o restante da "classe" e me retirei do dojo. Todos os alunos se espalharam jardim a fora e, eu, fui para a provável concentração dos feridos. Alguns achavam pássaros, outros achavam esquilos... até eu ver um coelho de pelo negro e olhos avermelhados. De certa forma, me idenfiquei com ele, em questões estéticas (não físicas). Ao me aproximar dele, ele sentiu-se ameaçado e, com o esforço que não tinha, tentou fugir. -Acalme-se. Não vou machucá-lo. Disse, como se ele entendesse o que eu havia dito. Mas o carinho que eu fazia em sua cabeça, o deixou mais "tranquilo". Agora que o tinha calmo, eu precisava executar o ferimento dele, que se encontrava na pata traseira esquerda. -A parte da materialização da reiatsu, com certeza, é a mais fácil. Agora... igualar a minha reiatsu com a de um coelho, certamente é o mais complicado. Eu não sou bom em sentir reiatsu. Era um pequeno Grande defeito que eu precisava dominar. E agora era o melhor momento para isso.

Com apenas uma mão (a esquerda), a coloquei em cima do ferimento do coelho, sem encostar na pata ferida e comecei a concentrar a reiatsu por sobre o ferimento. - Agora... é iniciar a cura e a cicatrização. Foi ai que comecei a iniciar o "tratamento", seguindo cada passo que o Watanabe-taichou citou.

Assim que havia posto minhas mãos por sobre o coelho, era nítido o fato de ter feito o primeiro e o terceiro passo com facilidade, mas eu parei, pois ainda não consegui nivelar a minha reiatsu com a do coelho. -Mais uma vez. Foi ai que eu comecei a fazer o primeiro passo, colocando minha mão esquerda em cima do ferimento do coelho, sem encostá-lo. -Agora é só...fechei os olhos. -concentrar. Comecei a me concentrar. Sentir a reiatsu do coelho e, com isso, sincronizá-la com a minha para, enfim, começar a fazer o procedimento de cura, do qual eu também havia aprendido.

-O que está errado? Possivelmente, o fato de eu não conseguir sincronizar minha a reiatsu com a do animal. Foi ai que parei novamente e pensei. -E se eu começar com o mínimo de reiatsu e, gradativamente, aumentar, até sentir a diferença? Os movimentos da execução da técnica acompanharam o meu raciocínio e, novamente, coloquei minhas mãos sobre o ferimento do pequenino coelho e, calmamente, comecei a liberar a reiatsu para iniciar a cura. Era complicado sentir a reiatsu do animal, mas se alguns alunos por ali já conseguiram, por que comigo seria diferente?