Evy sentiu a lamina de Ikkaku tentar passar pela camada de sua reiatsu em seu peito, e sorriu sombriamente ao ver que não havia feito nem cócegas. Quando apontou o dedo para disparar um Kidou, estava ciente de que este se defenderia do mesmo, porem ficou decepcionada ao vê-lo não se esforçar para tal feito.

-Tsk! Você esta brincando comigo? –Perguntou raspando os dentes.

Neste momento uma reiatsu conhecida invadia o lugar. Isso fez Evy se desequilibrar, seu coração deu um pulso forte e sua visão desnorteou. Aquele cheiro, o som daqueles passos pesados as suas costas. Ela ficou paralisada.

“Ku... Kuro-Ni-Chan...”

Evy não se atrevia a virar o corpo para olhá-lo. Seus olhos ainda estavam na direção de Ikkaku, mas haviam perdido o foco da luta e estavam vazios, perdidos em lembranças, pensamentos.

Kuro escreveu:

-Are are.... o que temos aqui????

Quando ouviu a voz, seu corpo cedeu. Evy abaixou a cabeça, os olhos brilhavam tristes e muito felizes ao mesmo tempo.

“Kuro... O que você esta fazendo?” Neste momento Ikkaku conseguiu prender o dedo de Evy em suas correntes. Que a verdade seja dita, uma jovem mesmo como a pequena Evy, que não perde em uma luta, nem se tiver que morrer pra isso, não ganha de emoções tão fortes como aquelas. Seu maior fraco era o seu coração, porque nestes momentos ela só sabia agir com o coração ao invés da razão. Isso incluía exatamente todos a que amava, amigos, família, e ele.

Quando a dor em seu dedo a lembrou da luta novamente, ela voltou a olhar Ikkaku.

-Tsk... Maldito! –Murmurou para si mesma e empurrou-o com força soltando seu dedo das correntes, o que realmente doeu muito ao raspá-lo, ela só sentiu o sangue escorrer e uma ardência que começava a formigar.

Ikkaku escreveu:

- HAHA! – Ikkaku sorriu ironicamente, de orelha a orelha, enquanto o Capitão pronunciava-se. – Parece que você conseguiu um cargo, Kuro... Espero que os Daisuke não tenham ido à falência depois que você pagou por ele.

Neste momento Evy deu um passo furioso em direção a Ikkaku.

-Não ouse falar assim com ele novamente! –Ordenou num rosnado. –Alguém como você não chega aos pés dele... E ele não babou ovo de ninguém pra subir de cargo, só precisou de muito esforço e conseguiu com grande classe! Mesmo vocês tendo um grande passado conjunto, não significa nada. –Disse rispidamente defendendo Kuro.

Agora era Kuro quem se movia, andou ate o seu lado e parou falando por baixo do elmo prateado.

Kuro escreveu:

-Evy. Deixa ele comigo.

Suas palavras eram frias e serias como sempre quando entrava em uma batalha. Evy sabia disso, mas não se sentiu tão bem com isso.

“Tsk... Como consegue ser tão frio comigo?” Evy ergueu a cabeça olhando Ikkaku.

-Tsk... Seu Baka!... –Evy respirou fundo. -Não costumo deixar uma luta... Não enquanto o adversário esteja de pé, vivo. –Disse petulante para Ikkaku e se virou para Kuro, sem olhá-lo. –Porem... Vou abrir esta exceção, primeiro porque sei que você quer o quer, tanto quanto eu. Segundo, porque ele não vale um terço do que o mestre dele foi. Pensei que seria uma luta mais divertida, mas não. Então, divirta-se Kuro-Chan... –Evy o olhou, aquela armadura a irritava completamente, não podia ver seus olhos e isso era uma tortura. Olhou ikkaku.

–Sei que não é necessário eu dizer isto, mas saiba que se você sair daqui vivo, e fizer algo aos meus amigos, eu caço você nem que esteja no inferno, e te mato sem piedade... –Advertiu-o seriamente.

-Hayato! Akechi! Krimer! Este não é o único lugar com problemas, então como o Kuro chegou, passo ele ao meu lugar e vou me encontrar com o restante. Estou contando com todos vocês aqui, então... Por favor! Cuidem-se! –Gritou para os amigos ao dar alguns passos atrás, deixando espaço para Kuro entrar na luta, ao se afastar dele, sussurrou.

-Onii-Chan... Por favor, se cuide. –Apelou com a voz tremula.

Seu coração apertou e uma lagrima escorreu, neste momento Evy desapareceu num shunpo.